Como Roman Polanski escapou de julgamento por abus…

Diretor de clássicos como O bebê de Rosemary e Chinatown, Roman Polanskide 91 anos, está foragido da justiça americana desde 1977, quando admitiu ter estuprado uma menina vulnerável de 13 anos —na época, o diretor tinha 44. Mais de 40 anos depois do crime, ele corria o risco de finalmente sendo submetido ao litígio americano devido a uma nova acusação divulgada em 2023, que apontava para outro abuso cometido nessa mesma década. Nesta terça-feira, 22, porém, o advogado do cineasta, Alexander Rufus-Isaacs, confirmou que um acordo entre as partes foi selado e, assim, seu cliente conseguiu evitar novo julgamento. Anteriormente, o comparecimento ao tribunal estava marcado para agosto de 2025.

A acusação

Em 1973, Polanski teria levado uma adolescente — que permaneceu anônima — para jantar em Los Angeles, embebedou-a com tequila e, ao perceber que a desorientação já havia se instalado, levou-a para casa e a agrediu sexualmente. O processo original afirma que a jovem protestou contra suas ações e mais tarde foi deixada com “tremendas dores físicas e emocionais”. O acordo, porém, foi alcançado no verão americano “com satisfação mútua”, segundo advogados de ambas as partes. Detalhes sobre a negociação permanecem confidenciais.

Roman Polanski

Desde a sua notória confissão em 1977, Polanski continuou activo na Europa e tornou-se um dos realizadores mais célebres de França, onde ganhou dez troféus César. Em 2003, foi premiado como melhor diretor no Oscar com O pianista e, seis anos depois, ele foi o foco de uma petição exigindo o fim de sua proibição de entrada nos Estados Unidos. O documento foi assinado por 138 profissionais do setor, como os cineastas Martin Scorsese, Pedro Almodóvar e Woody Allen. Seu filme mais recente, O Hotel Palácioainda não há data de lançamento no Brasil.

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