Estudo da Câmara mostra crescimento de dois pontos percentuais no número de mulheres eleitas – Notícias

Estudo da Câmara mostra crescimento de dois pontos percentuais no número de mulheres eleitas – Notícias


21/10/2024 – 15h57

Paulo Pinto/Agência Brasil

Dos candidatos a prefeito no segundo turno, quatro são deputados federais

O número de mulheres eleitas nas eleições municipais de 2024 cresceu dois pontos percentuais em relação a 2020, segundo dados da Consultoria Geral da Câmara dos Deputados. Eles representam 17,92% dos eleitos este ano. Nas últimas eleições, representaram 15,83% do total de prefeitos e vereadores eleitos.

Em 2020, das 58 mil vagas de vereador, 9,3 mil (ou 16,13%) foram preenchidas por mulheres. Agora, das 58,3 mil vagas, 10,6 mil (18,24%) foram ocupadas por eles. Foram eleitos 724 prefeitos no primeiro turno das eleições, o que representa 13% do total de prefeitos do país. Em 2020, foram eleitos 663 prefeitos (12%).

Os dados constam em painéis dinâmicos sobre eleições autárquicas desenvolvidos pela Consultoria Geral, que permitem comparar resultados das eleições de 2020 e 2024. Esta é a primeira iniciativa do novo núcleo de dados da Consultoria Geral.

Segunda rodada
Porém, os dados ainda serão alterados pelo resultado do segundo turno eleitoral, que conta com 15 candidatos a prefeito. Sete estão em disputa nas capitais: Campo Grande (MA), Curitiba (PR), Natal (RN), Porto Velho (RO), Porto Alegre (RS), Aracaju (SE) e Palmas (TO). Nesta eleição, todos os candidatos eleitos às prefeituras da capital no primeiro turno são homens.

No segundo turno de 2020, havia 20 candidatas, mas apenas cinco nas capitais. Apenas uma mulher foi eleita prefeita da capital nas últimas eleições – Cinthia Ribeiro (PSDB), em Palmas.

Dos candidatos a prefeito em segundo turno, quatro são deputados federais: Natália Bonavides (PT), em Natal; Maria do Rosário (PT), em Porto Alegre; Rosana Valle (PL), em Santos; Mariana Carvalho (Republicanos), em Imperatriz (MA).

O segundo turno é disputado entre duas mulheres em duas cidades, garantindo a vitória feminina. Em Campo Grande (MS), Adriane Lopes (PP) concorre à prefeitura junto com Rosiane Modesto (União). E em Ponta Grossa (PR) Mabel Canto (PSDB) enfrenta Elizabeth Schmidt (União).

Evolução lenta
A evolução da eleição de mulheres é lenta, por isso, a consultora legislativa Manuella Nonô, coordenadora da área de direito eleitoral da assessoria legislativa da Câmara, acredita que o resultado poderá abrir espaço para a discussão da proposta que reserva vagas para mulheres no o Legislativo.

“Esse crescimento tem sido lento”, disse ele. “Acho que, possivelmente, novas hipóteses serão discutidas em breve, como a reserva de cadeiras em breve, que, embora muito polêmica pela desigualdade que daria ao valor do voto, com a possibilidade de talvez afastar um candidato do sexo masculino com a maioria dos votos para colocar uma mulher, talvez, pudesse construir um mínimo de base local”, acrescentou Manuella Nonô, em entrevista ao programa Painel Eletrônico, da Rádio Câmara.

O consultor lembra que, atualmente, o Lei 9.504/97 determina que cada partido ou coligação preenche um mínimo de 30% das candidaturas com candidatas mulheres. A Emenda Constitucional 117, promulgada em 2018, por sua vez, obriga os partidos a destinarem 30% de seus recursos públicos a candidatas – o que inclui também tempo publicitário gratuito no rádio e na televisão.

Mas faz parte da estratégia do partido usar esse dinheiro como quiser, para que o partido possa apresentar uma candidatura só para todo o Brasil”, pondera o consultor. “Então não há capilaridade para isso, para a formação de liderança feminina, que normalmente tem três turnos durante o dia”, completa.

Felipe Sóstenes/Câmara dos Deputados

Na primeira reunião de mulheres parlamentareso P-20 foi aprovada uma série de recomendações

Não cumprimento das cotas
Segundo estudo do Observatório Nacional da Mulher na Política, vinculado à Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, a cota mínima de 30% de candidatas não foi cumprida em mais de 700 municípios nas eleições deste ano. O estudo completo está em “
Nota Técnica 6 – Estudo sobre o cumprimento da cota de participação feminina nas Eleições Autárquicas de 2024 por partidos e federações”, publicado no dia 4 de outubro.

Reserva de assento
Na primeira reunião de mulheres parlamentares dos países do G20, o P-20, que aconteceu em julho na cidade de Maceió (AL), aprovou uma série de recomendações que devem ser seguidas pelos Legislativos dos estados membros do grupo das principais economias desenvolvidas do mundo. Estas incluem o apoio à adopção de quotas, reservas de assentos e financiamento para aumentar a participação das mulheres no poder e alcançar a paridade em cargos eleitos e administrativos.

Na ocasião, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, afirmou que é importante que o Brasil estabeleça vagas efetivas para mulheres nos Parlamentos, em vez de prever cotas para candidatas, como acontece hoje. “Da forma atual estamos fabricando candidatos, cancelando ingressos inteiros e criando candidatos laranja”, disse na época.

“Se você pensar no Brasil, temos mais de 3 mil conselhos municipais que não têm mulheres. A lei valeria para todo o Brasil, e o impacto disso seria a formação de novas lideranças”, defendeu Lira.

Classificação mundial
O O Brasil ocupa atualmente a posição 134 no ranking da União Interparlamentar, que mede o percentual de mulheres no Parlamento em 183 países. Esta é a última posição entre os países latino-americanos.

O México ocupa o quinto lugar neste ranking, e É um dos países mais proeminentes quando se trata de igualdade de género em posições de poder. Em 2024, os mexicanos elegeram pela primeira vez uma mulher para a presidência da república. Em 2019, uma reforma constitucional garantiu a paridade às mulheres não só no Parlamento, mas em todos os cargos governamentais.

Relatório – Lara Haje
Edição – Georgia Moraes



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