Tarcísio e Zema se tornam protagonistas na eleição de Ribeirão Preto

Tarcísio e Zema se tornam protagonistas na eleição de Ribeirão Preto



RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – A eleição é municipal, mas o segundo turno da disputa em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) também conta com os governadores dos dois estados mais populosos do país, Tarcísio de Freitas (Republicanos) , de São Paulo, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais.

Cogitados para a disputa presidencial de 2026, ambos aparecem com frequência no horário eleitoral no rádio e na TV e nas redes sociais do deputado federal Ricardo Silva (PSD), 39, e do empresário Marco Aurélio Martins (Novo), 54, que se enfrentam para governar um das cidades mais importantes do interior do país nos próximos quatro anos.

Seja para dizer que Ribeirão terá investimentos em saúde com Ricardo, no caso de Tarcísio, ou para afirmar que é preciso “derrotar a velha política” votando em Marco Aurélio, no caso de Zema, a campanha ganha diariamente dicas de nacionalização com a presença de dois dos nomes cotados para o Palácio do Planalto.

Ricardo, em sua segunda tentativa de ocupação da prefeitura, e Marco Aurélio, recém-chegado à política, chegaram ao segundo turno em situações antagônicas. As pesquisas eleitorais indicavam possibilidade de vitória do deputado no primeiro turno, enquanto o empresário aparecia tecnicamente empatado na segunda colocação.

O dia da apuração foi tenso. Ricardo gastou parte dela acima dos 50%, o que lhe garantiria a vitória, enquanto na equipe de Marco Aurélio a expectativa era oposta, de levar a disputa até a rodada final. Foi o que aconteceu, confirmando a regra de que as eleições em Ribeirão são historicamente decididas em segundo turno.

O deputado obteve 48,44% dos votos válidos, ante 24,94% do empresário, que superou Jorge Roque (PT), André Trindade (União Brasil) e Matheus Coelho (DC). André foi candidato do prefeito Duarte Nogueira (PSDB), que foi reeleito em 2020 e, por isso, não pôde concorrer novamente.

“Só mostro que a nossa candidatura é a única que tem respaldo político para trazer investimentos para Ribeirão Preto. O governador é paulista, não é uma questão partidária […] O Tarcísio é muito sério, muito correto, administra bem, então acredito em reafirmar essa parceria que temos com o governador de São Paulo”, disse Ricardo sobre a presença do governador em sua campanha.

“O outro lado apresenta o mineiro, que não poderá apresentar nada ao Ribeirão. Essa é uma questão que ele está a utilizar como partido”, acrescentou o candidato do PSD.

Nesta sexta-feira (18), ele exibiu três postagens no Instagram com vídeos de Tarcísio. E citou investimentos estatais em mobilidade urbana, em mais unidades de Bom Prato na cidade, no HC (Hospital das Clínicas) e na implantação de uma DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) funcionando 24 horas por dia – medida que passou a ser citado também pelo adversário.

Enquanto isso, Marco Aurélio tem usado o governador de Minas Gerais, que em um dos vídeos dos últimos dias disse que é preciso superar a “velha política”, em referência ao seu rival. “Somos um partido que valoriza a ética, a transparência e o combate à corrupção 24 horas por dia”, afirmou Zema.

Marco Aurélio disse que o governador é o nome mais forte que o apoia, mas que a união dos políticos do Novo tem sido importante na campanha. O deputado federal de Bolsonaro, Ricardo Salles, passou três dias em Ribeirão nesta semana participando de atividades com o empresário – beberam água e foram a um restaurante popular, por exemplo.

“Romeu Zema, Eduardo Girão, Deltan Dallagnol, Ricardo Salles, Marcel Van Hattem, Adriana Ventura, todos eles. O principal é que acho que talvez o mais forte, que é governador, é Romeu Zema, mas temos um senador [Girão]temos também os deputados federais que mencionei. O Novo tem isso, todo mundo trabalha muito próximo.”

Segundo ele, a nacionalização não atrapalha o debate sobre os problemas da cidade, pois são exemplos de nova gestão. “Tanto no Governo de Minas Gerais quanto em Joinville [SC]o que levou, nestes dois casos, a elevados níveis de desempenho nas políticas públicas implementadas e nos serviços à população.”

DIVISÃO DE VOTO

Dos 132 colégios eleitorais da cidade, Ricardo venceu em 110 e Marco Aurélio ficou à frente em 21 no primeiro turno. Roque venceu em 1.

A distribuição dos votos mostra como Ribeirão se comportou nesta eleição. O deputado foi o mais votado nas quatro zonas eleitorais do município, mas na 305, que concentra eleitores da zona sul rica, a diferença foi pequena, com 37,67% a 33,76% para o candidato Novo.

Das últimas nove eleições em Ribeirão que poderiam ser definidas em primeiro turno se um candidato alcançasse 50% mais um dos votos -desde 1992–, isso só ocorreu em duas.

Primeiro, com o ex-ministro Antônio Palocci, que já havia sido eleito em 1992 pelo PT e venceu novamente, mas no primeiro turno, em 2000, com 56,06% dos votos. O segundo caso foi o de Dárcy Vera, eleito pelo DEM com 52,04% em 2008.

E, das sete vezes em que a eleição foi decidida no segundo turno, apenas dois dos candidatos que terminaram o primeiro turno atrás, agora o caso de Marco Aurélio, conseguiram reverter a desvantagem.

“Ribeirão Preto é uma cidade complexa, tipo capital, então tem muitos aspectos. E é normal ter segundo turno”, disse Ricardo ao ser questionado se esperava resolver a eleição no primeiro turno, como indicavam as pesquisas.

Até o momento, a maior reviravolta ocorreu quando um candidato terminou o primeiro turno 5,51 pontos percentuais atrás do adversário, em 1996, quando o tucano Luiz Roberto Jábali (1937-2004) venceu Sérgio Roxo (PT) -Marco Aurélio ficou em 23º, 0,5 ponto atrás de Ricardo .

Para ele, porém, muitos eleitores deixaram de votar ao tomar conhecimento da pesquisa Quaest divulgada no dia 5, que apontava uma diferença de 53 pontos percentuais entre Ricardo e ele (63% a 10%).

Na primeira pesquisa do instituto no segundo turno, divulgada nesta quinta-feira (17), Ricardo tinha 48% das intenções de voto, ante 31% de Marco Aurélio. Outros 14% disseram que não votariam, votariam em branco ou cancelariam o voto, enquanto 7% disseram estar indecisos.

Na espontânea (quando não são apresentados os nomes dos candidatos), Ricardo teve 31%, ante 20% de Marco Aurélio. O total de eleitores indecisos foi de 40%, e 9% disseram que votariam em branco, cancelariam ou não votariam.

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Realizada entre os dias 14 e 16, a pesquisa encomendada pela Eptv, afiliada da Globo, entrevistou 852 pessoas, com nível de confiança de 95% e margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com número SP-01144/2024.



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