Governo federal descarta volta do horário de verão em 2024

Governo federal descarta volta do horário de verão em 2024


O governo federal avaliará, nos próximos meses, se é o caso de retomar a medida a partir de 2025

Foto: Divulgação

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou nesta quarta-feira (16) a retomada do horário de verão ainda este ano. O governo federal avaliará, nos próximos meses, se é o caso de retomar a medida a partir de 2025.

“Nós hoje, na última reunião com o ONS [Operador Nacional do Setor Elétrico]chegamos à conclusão de que não há necessidade de declarar horário de verão para este período, para este verão”, declarou Silveira.

“Temos a segurança energética assegurada, há o início de um processo de recuperação da nossa condição hídrica, que ainda é muito modesta. Conseguimos chegar depois do verão em condições de avaliar, sim, o regresso desta política em 2025”, continuou.

“É importante que ele [horário de verão] é sempre considerada, não pode ser o resultado de uma avaliação meramente dogmática ou política. É uma política que tem impactos positivos e negativos no setor elétrico e na economia, portanto, deve estar sempre em cima da mesa para uma avaliação precisa do governo federal”, informou.

Apesar da recomendação do CMSE (Comitê de Acompanhamento do Setor Elétrico), em setembro, a secretaria avalia que houve melhora no cenário de chuvas e reservatórios hidrelétricos, evitando que os relógios avançassem em 2024.

Se a medida fosse adotada ainda este ano, haveria pouco tempo para setores importantes da economia – como a aviação, por exemplo – adaptarem suas operações.

O horário de verão costumava ser implementado entre outubro/novembro e fevereiro/março de cada ano. Além disso, segundo o ministro, o horário de verão só poderá ser implementado este ano em novembro. Isso impediria que a medida aproveitasse o seu pico de custo-benefício — que ocorre entre outubro e meados de dezembro.

Entenda a medida

Segundo o ONS, o horário de verão ajuda a aumentar o uso de fontes de energia solar e eólica, além de reduzir a demanda máxima em até 2,9%. Desde a sua adoção, que passou a ser anual em 1985, o horário de verão tem como objetivo promover economia no consumo de energia, uma vez que as pessoas teriam mais tempo de luz natural.

Porém, devido à mudança de comportamento da sociedade, a medida deixou de ser eficaz. Até que, em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) suspendeu o adiantamento de relógios.