699 mil clientes estão sem energia em São Paulo desde sexta-feira (11/10)

699 mil clientes estão sem energia em São Paulo desde sexta-feira (11/10)



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pelo menos 698,8 mil clientes da Enel em São Paulo completaram dois dias sem luz em São Paulo. Segundo o governo do estado, esse é o número de residências ainda afetadas pelo apagão que atingiu a Grande São Paulo na noite de sexta-feira (10/11).

Segundo a concessionária, até a tarde deste domingo (13/10), o serviço foi restabelecido para cerca de 1,3 milhão de clientes, dos 2,1 milhões afetados pela queda de energia durante o temporal.

A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou ainda que exigirá que o Ministério de Minas e Energia e a Aneel apontem as medidas que estão sendo tomadas para que o serviço seja totalmente restabelecido e que a Arsesp (agência reguladora estadual) investigue as empresas ‘ responsabilidades – em uma clara referência à Enel.

O Procon-SP também anunciou que notificará a Enel para explicar o atraso na devolução da energia.

No total, 53 escolares foram afetados pelas chuvas. Em seis deles as aulas foram suspensas por falta de energia elétrica. Segundo o estado, o conteúdo pedagógico será reposto de acordo com o cronograma da gestão escolar.

A Enel afirma que cerca de 1.600 técnicos estão em campo tentando resolver o problema. Profissionais do Rio de Janeiro e do Ceará, além de funcionários cedidos de outras distribuidoras, estão sendo chamados para ampliar o contingente.

Ao longo da noite de sábado e da manhã de domingo, moradores de São Paulo em algumas regiões paulistas relataram a volta da energia – após mais de 24 horas no escuro. É o caso da Vila Anastácio, na Zona Oeste, onde a energia voltou por volta da 1h. Na Vila Mariana, por volta das 12h30.

Sem água

A falta de energia também afetou o abastecimento de água na Grande São Paulo. Segundo o governo de SP, há falhas nos seguintes bairros:

  • CAPITAL: Americanópolis, Vila do Encontro, Vila Clara, Ipiranga;
  • COTIA: Jardim Atalaia;
  • CAJAMAR: Jordanésia e Parque São Roberto;
  • MAUÁ: Porque. São Vicente (trecho), Zaíra, Vila Santa Rosa, Jd. Guapituba, Jd. São Jorge, Jd. Primavera, Jd. Ana, Itaussu (trecho), Vila Noêmia, Jd. Pedroso, Vila Assis Brasil, Vila NS das Vitória, Carlina, Pq. das Américas, Vila João Ramalho, Jd. Oratório (trecho), Jd. Esperança, Vila Bocaina.

Segundo a Sabesp, também há impacto na oferta em São Roque e Araçariguama. Incidentes e solicitações podem ser registrados na Central de Atendimento pelo telefone 0800 0550195 (ligação gratuita), pelo WhatsApp (11) 3388-8000 e pela Agência Virtual no site www.sabesp.com.br.

ENEL sob pressão

A empresa foi alvo de uma enxurrada de críticas neste fim de semana devido ao longo tempo que levou para restaurar a eletricidade em residências e empresas.

Tanto o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) quanto o prefeito Ricardo Nunes (MDB) pediram o fim do contrato com a empresa. A Aneel, órgão do governo Lula (PT) responsável pela fiscalização do setor, disse que poderia retirar os direitos de concessão da empresa.

Tarcísio fez contato direto com a Aneel para cobrar medidas contra a empresa, reforçando que mais uma vez a demora no restabelecimento do fornecimento de energia em São Paulo após tempestade. Em novembro de 2023, outra tempestade deixou vários pontos da cidade sem energia por até seis dias.

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Em vários pontos da cidade, moradores e empresas contabilizam as perdas. Na Barra Funda, na tarde de sábado (10/12), um grupo de amigos pregou peças na calçada do bar do Sinval, na Rua Doutor Ribeiro de Almeida. Os jogos de azar, que decorrem sempre no interior do estabelecimento, perderam o seu lugar por falta de luz.

O proprietário, Sidnei Guimarães, vulgo Zonga, 49 anos, contava as perdas de um sábado sem luz. Ele disse que não conseguiu vender cerca de 80 refeições. Eu também tinha medo de que, se a queda de energia continuasse, eu perderia bebidas e carnes congeladas.

Sentado na soleira de uma loja fechada, de frente para a árvore caída, estava o carpinteiro Orlando Bind, 78 anos. Diabético, ele precisa de injeções de insulina, guardadas na geladeira.

“É uma pena. Ontem eram 19h e até agora nada. Coloquei a insulina numa caixa de isopor com gelo. Vou ter que comprar mais gelo.”





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