Seis pacientes que receberam transplantes de órgãos infectados pelo HIV no Rio de Janeiro testaram positivo para a doença. O primeiro caso foi descoberto em 13 de setembro. A Secretaria de Estado de Saúde classificou a situação como inaceitável, inédita na história, e reforçou a credibilidade do sistema de transplantes no Rio de Janeiro.
Segundo o governo, o erro foi cometido pelo Laboratório PCS, unidade privada de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, que foi contratado em dezembro do ano passado para examinar órgãos doados, mas não encontrou contaminação.
Desde então, 288 doadores elegíveis tiveram o seu sangue testado pelo laboratório. Todos eles terão seus exames de sangue reavaliados. A Coordenadoria Estadual de Transplantes e a Vigilância Sanitária Estadual fecharam o laboratório. A notícia foi publicada pela BandNews FM e confirmada pela Super Rádio Tupi.
“O sistema de transplante é seguro, sempre foi e continuará sendo. As famílias podem continuar doando com a certeza de que há segurança no processo. O Estado do Rio de Janeiro tem uma organização que segue todas as normas e não haverá novos casos semelhantes ao que aconteceu”, garantiu Cláudia Melo, secretária estadual de Saúde.
Uma investigação foi aberta para determinar quem foi o responsável pelo ocorrido. O caso também é investigado pela Divisão de Consumo (Decon) da Polícia Civil. Procurado por Super Rádio TupiO Laboratório PCS não retornou contato.
Leia a nota completa da Secretaria de Estado de Saúde
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) considera o caso inadmissível. Foi criada uma comissão multidisciplinar para acolher os pacientes afetados e medidas foram imediatamente tomadas para garantir a segurança dos transplantados.
O laboratório privado, contratado por meio de licitação da Fundação Saúde para atender o programa de transplantes, teve seu atendimento suspenso logo após a divulgação do caso e foi fechado por medida cautelar. Com isso, os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio.
A Secretaria está realizando uma triagem com reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas de doadores, a partir de dezembro de 2023, data da contratação do laboratório.
Foi instaurado um inquérito para identificar e punir os responsáveis. Devido à necessidade de preservar a identidade dos doadores e transplantados, bem como de encaminhar o inquérito, não serão divulgados detalhes das circunstâncias.
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Esta é uma situação sem precedentes. O serviço de transplantes do estado do Rio de Janeiro sempre realizou um excelente trabalho e, desde 2006, salvou a vida de mais de 16 mil pessoas.
(Colaboração de Antônio Ribeiro)
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