Influenciador Monark é condenado a um ano e dois meses de detenção por chamar ministro Flávio Dino de “gordola”

Influenciador Monark é condenado a um ano e dois meses de detenção por chamar ministro Flávio Dino de “gordola”


A condenação também prevê o pagamento de R$ 50 mil de indenização.

Foto: Reprodução

A condenação também prevê o pagamento de R$ 50 mil de indenização. (Foto: Reprodução)

O youtuber Bruno Ayub, conhecido como Monark, foi condenado pela Justiça Federal a um ano e dois meses de detenção por insultos cometidos ao ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). A condenação também prevê o pagamento de R$ 50 mil de indenização.

A decisão foi tomada pela juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal de São Paulo, na semana passada, conforme noticiou o jornal O Globo. A condenação teve como base uma denúncia criminal apresentada por Dino contra o YouTuber, após uma transmissão insultuosa realizada em junho de 2023.

Na época, Dino era ministro da Justiça no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A acusação de calúnia, difamação e crime contra a honra revelou que, em podcast, Monark chamou Dino de ‘gordo’ e ‘filho da puta’.

“Você será escravizado por um homem grande e gordo. Esse cara sozinho não dura um segundo na rua, não consegue correr 100 metros. Coloque-o na floresta para ver se ele sobrevive. Você vai deixar esse cara ser seu mestre? Foi para isso que seus pais te educaram? Eles se sacrificaram para você servir esse filho da puta?”, disse o YouTuber durante a transmissão.

Na decisão, Prado afastou a condenação por difamação, mas apontou o crime de injúria com fatos comprovados “sem qualquer dúvida razoável”. Confira trecho:

“É inequívoco que as sentenças que proferiu foram ofensivas à dignidade e ao decoro da vítima, bem como que o arguido teve a intenção específica de insultar o autor, o que ultrapassou o âmbito da mera crítica”, afirma o juiz.

Para Prado, o direito à crítica “não justifica insultos e acusações indiscriminadas, frívolas, humilhantes e irresponsáveis ​​como as feitas pelo acusado em relação ao decoro e à dignidade do denunciante, tanto como agente público quanto como pessoa física”.

A denúncia criminal foi suspensa pelo desembargador Fausto Martin de Sanctis, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), mas a ação foi retomada em março deste ano, após decisão colegiada do tribunal.

O YouTuber não apresentou advogados para sua defesa e acabou representado pela Defensoria Pública, que solicitou a suspensão da ação. Monark poderá apelar livremente.