Depois de participar de uma reunião com Lula e outros ministros, no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira, o chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilhafoi perguntado se o presidente fazia um balanço da situação primeira rodada de eleições municipaisneste domingo, diante do avanço da centro-direita e da direita nas prefeituras de todo o país.
Numa avaliação no mínimo otimista, o coordenador político do governo destacou que houve aumento no número de prefeituras e vereadores do “grupo de partidos que apoiam o presidente Lula”, em comparação com as eleições de 2020.
“Só o PT teve um aumento de mais de 40% em relação às prefeituras que são eleitas agora em relação ao que foi em 2020. Então, o grupo de partidos que apoiam o governo, com lideranças, que têm ministros, também teve crescimento expressivo , o que mostra que esse grupo de partidos tem uma raiz importante nas eleições municipais, que na grande maioria, nas autárquicas, têm a temática local como tema central da disputa”, declarou.
Segundo números divulgados pela bancada do Partido dos Trabalhadores no Senado, o partido elegeu 183 prefeitos há quatro anos e 248 só no primeiro turno deste ano, um aumento de 35,5%.
“Portanto é um crescimento significativo, não só para a PT, mas também em relação ao que já estava num patamar baixo em 2020, temos que comparar com 2020, não com o que era há 10, 15 anos, e um importante crescimento no conjunto de partidos que apoiam o presidente Lula, alguns partidos que são do campo de centro, centro-direita, que tiveram um crescimento, o que mostra a força desses partidos nas disputas municipais, na relação com os prefeitos…”, acrescentou Padilha.
Comentou então que, em 2020, já houve um crescimento dos partidos de centro, centro-direita no país, que agora “continuou”. E destacou as vitórias de lideranças que compõem a frente ampla do governo e apoiaram Lula em 2022 sobre “ícones da extrema direita” e do “bolsonarismo”, como as reeleições de Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro , “no ninho do Bolsonaroismo”, contra Alexandre Ramagem (PL), e João Campos (PSB), em Recife “contra o sanfoneiro de Bolsonaro”, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado.
Segunda rodada
O ministro destacou ainda que os candidatos que apoiam Lula enfrentarão “ícones de extrema direita” no segundo turno, no dia 27, e que a expectativa do governo é que sejam favoritos nessas disputas.
“No caso de Fortaleza, que é o Evandro Leitão, que é um candidato do PT que foi para o segundo turno, achamos que ele é o favorito na disputa do segundo turno”, exemplificou. O candidato de Bolsonaro, o deputado federal André Fernandes (PL) obteve 40,2% dos votos válidos, contra 34,33% de Leitão, que é deputado estadual.
Sobre o segundo turno em Belém, Padilha destacou que Igor (MDB), candidato de Helder Barbalho, apoiou Lula em 2022 e que o presidente estará em Belém esta semana a convite do governador para o Círio de Nazaré.
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