Em 2023, o aumento inesperado da demanda pelo Ozempic esgotou os estoques do medicamento em todo o mundo, e agora os efeitos são sentidos em Belo Horizonte.
Na Drogaria Araujo, um cartaz afixado no balcão alerta os clientes sobre a indisponibilidade do medicamento e pede aos pacientes que não interrompam os tratamentos. A mensagem é clara: consulte o seu médico sobre alternativas.
Uso popular para perda de peso
Ozempic foi inicialmente aprovado para o tratamento do diabetes tipo 2. No entanto, também se popularizou como solução para perder peso, embora esse uso não seja aprovado pelos órgãos reguladores. O próprio fabricante do medicamento, a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, não apoia o uso “off-label” – uso fora das indicações especificadas na bula.
Apesar disso, a busca por remédios nas farmácias tem sido, em grande parte, impulsionada por pessoas que querem perder peso, como revela Gilvânio Eustáquio Rodrigues, vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Minas Gerais (Sincofarma-MG). . “É mais conhecido pela perda de peso do que pelo diabetes”, diz ele.
Mudanças legislativas à vista
Atualmente, a receita para compra do Ozempic não fica retida nas farmácias, facilitando o acesso ao medicamento. Contudo, um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional poderá alterar essa prática, exigindo controle e prescrição mais rigorosos.
Crise de abastecimento anunciada
Em junho de 2023, a Novo Nordisk emitiu uma declaração global afirmando que a escassez de Ozempic se estenderia ao longo de 2024 devido à alta demanda. A previsão é que o fornecimento do medicamento só seja normalizado gradativamente, já que a distribuição envolve uma logística global complexa.
Araujo, em Belo Horizonte, alerta que o Ozempic está esgotado em todas as farmácias do Brasil, reforçando a necessidade dos pacientes conversarem com seus médicos para encontrar alternativas.
Alternativas: Wegovy e Rybelsus
A Drogaria Araujo sugere duas opções para quem depende do Ozempic: Wegovy e Rybelsus. Ambos também são fabricados pela Novo Nordisk. O Wegovy, que tem a mesma base da semaglutida, vem em doses maiores e foi aprovado para tratar obesidade e sobrepeso associados a comorbidades, como diabetes tipo 2 e hipertensão.
Porém, a Wegovy, que começou a vender no Brasil em julho de 2024, também enfrenta problemas de abastecimento, segundo Gilvânio Rodrigues, devido à alta demanda global.
O Rybelsus, outro medicamento à base de semaglutida, tem apresentação oral, ao contrário do Ozempic e do Wegovy, que são injetáveis. É recomendado apenas para o tratamento do diabetes tipo 2, não havendo evidências de que promova a perda de peso.
Preços altíssimos
Os preços dos medicamentos reflectem a sua popularidade e escassez. Nas principais redes de farmácias mineiras, como Araujo, Droga Raia e Pacheco, o Ozempic 1 mg é vendido por R$ 1.063. O Wegovy tem preço semelhante, e o Rybelsus, com 30 comprimidos de 3 mg, custa cerca de R$ 550.
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