Tabata sobre voto útil: ‘conteúdo partidário disfarçado de democracia’

Na reta final da corrida eleitoral, o discurso do voto útil vem ganhando força na capital paulista contra candidatos de direita. Porém, enquanto os eleitores mais alinhados ao progressismo votam no candidato do PSOL, no deputado federal e no candidato do PSB, Tabata Amaralacredita que o voto no psolista é “conteúdo partidário disfarçado de carta pela democracia”. Ela também questionou se o voto progressista deveria ser a favor dela.

A campanha por votos úteis está sendo empurrada para o candidato do PSOL, Guilherme Boulosque lidera as pesquisas de intenção de voto em empate técnico com Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB).

Em postagem nas redes sociais, Tabata disse ter ficado surpresa com o Manifesto pela Frente Ampla de São Paulo, lançado por alguns artistas intelectuais. Para ela, os argumentos não fazem sentido, como a semelhança com a Frente Ampla de 2022, puxada a favor de Lula bem antes das eleições —não na semana do primeiro turno.

Outro argumento contra o qual Tabata argumenta é o objetivo definido no documento. “Vejam o objetivo do Manifesto: evitar um segundo turno entre dois bolsonaristas. Ganhar a eleição nem aparece no texto, até porque Boulos está 25 pontos atrás de Nunes no segundo turno.”

Para a candidata do PSB, um voto útil em Boulos poderia resultar na derrota de um segundo turno contra os demais candidatos, além de que o voto útil para garantir uma vitória progressista deveria ser para ela. “Se todas as pesquisas mostram que eu ganho tanto do Marçal quanto do Nunes, não deveria ser o voto ultiprogressista? Quer ou não quer evitar um bolsonarista na prefeitura?”, questionou.

“Dado o cenário real aqui em São Paulo, verdade seja dita. O Manifesto da Frente Ampla tem conteúdo partidário, disfarçado de carta da democracia. útil, voto realmente útil E cuidado com o voto inútil, que é o voto de quem perde para o Nunes e tem tudo para acabar perdendo para o Marçal”, afirmou.

Segundo projeção do Paraná Pesquisas, divulgada na última terça-feira (1/10), em cenário de segundo turno, Nunes venceria Boulos por 51,5% a 33,6%, com margem de erro de 2,6% para mais ou menos. Numa situação de Boulos contra Marçal, o psolista conquistaria 45,1% contra 39,1% dos votos do ex-técnico, com uma diferença de apenas 6 pontos percentuais.

Acompanhe nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

Ainda por Tabata, Boulos, candidato escolhido para liderar o voto útil, fez uma campanha fraca que renega a agenda histórica do partido. “Isso não entusiasma ninguém”, diz ele.

Ela reiterou que respeita o direito de manifestação de qualquer grupo de pessoas, além de ter admiração por algumas pessoas que assinaram este documento. Porém, ela questionou: “Se assinaram mesmo, porque teve gente falando que não assinou e o nome está aí”.