Datena e Pablo Marçal já moveram na Justiça mais de dez ações entre si após o episódio da cadeirada

Datena e Pablo Marçal já moveram na Justiça mais de dez ações entre si após o episódio da cadeirada


Cadeira ocorreu no debate da TV Cultura, no dia 15 de setembro. (Foto: Reprodução)

Os candidatos a prefeito de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) levaram mais de uma dezena de ações judiciais à Justiça após o episódio que culminou na agressão do jornalista ao empresário, durante debate na TV Cultura. São pelo menos 15 processos até o momento, sendo 12 deles do candidato do PSDB.

A mais recente foi protocolada por Marçal nesta quinta-feira (26). O ex-técnico pede indenização de R$ 100 mil por danos morais devido ao ataque de cadeira que recebeu de Datena. A defesa escreveu na ação que a agressão causou “efeitos devastadores” e “constrangimento público e humilhação” a Marçal.

Nesta sexta-feira (27) o candidato disse que, caso ganhe a causa, doará o valor da indenização para mulheres “em situação de vulnerabilidade, vítimas de atos covardes de violência”.

O ataque à cadeira aconteceu depois que Marçal citou uma acusação de assédio sexual contra Datena e ainda o chamou de “jack”, gíria para estuprador, em episódio relatado por uma ex-repórter do Brasil Urgente, da Band, e que acabou arquivado.

Entre o final da semana passada e o início desta, a defesa de Datena entrou com uma denúncia criminal na Justiça Eleitoral contra o empresário por vídeos em que ele acusava o apresentador de agredir mulheres e em que mais uma vez vinculava acusações sobre o processo de assédio. .

Vídeos das redes sociais de Marçal foram retirados do ar e a defesa de Datena obteve direito de resposta nos perfis do candidato do PRTB. As postagens incluíam declarações do ex-técnico como “isso é sinal de gente que não tem inteligência emocional, de gente que é agressora, assedia mulheres e usa seu poder para silenciar mulheres” e uma transmissão ao vivo em que Marçal se referia a Datena como “ esse agressor sexual.”

“Ajuizamos 12 ações, representações criminais, direitos de resposta e afastamento de postagens ofensivas e todas as decisões do judiciário eleitoral foram aprovadas. Marçal agiu com requintada crueldade contra a dignidade de Datena”, afirma Eduardo Leite, advogado do tucano.

Leite diz que as acusações feitas por Marçal são “mentiras” e que a ação por assédio foi considerada improcedente na Justiça do Trabalho. O advogado afirma ainda que, na esfera criminal, o processo foi arquivado por falta de provas e que a suposta vítima foi autuada por calúnia e difamação.

A defesa de Marçal também entrou com outros pedidos na Justiça contra Datena, além de indenização por danos morais.

Os advogados do empresário tentaram suspender a participação de Datena no programa da RedeTV! debate na Justiça Eleitoral, realizado no dia 17 de setembro, dois dias após a presidência, devido à agressão do jornalista ao candidato do PRTB. O pedido, porém, foi negado. Outro caso foi um pedido de investigação sobre o crime de injúria de Datena contra Marçal, ainda em andamento.