Cresce parcela de eleitores que associam Bolsonaro a Nunes, e não a Marçal

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Cresceu o número de eleitores paulistas que associam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), e não ao influenciador Pablo Marçal (PRTB), mostra pesquisa Datafolha realizada na penúltima semana de campanha para a Prefeitura de São Paulo.

Quando questionados sobre quem Bolsonaro apoia nestas eleições, 49% dos entrevistados disseram Nunes, enquanto há duas semanas esta percentagem era de 44%. A associação entre os dois vem aumentando continuamente desde maio, quando o número ainda era de 26%.

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Por outro lado, a parcela dos que ligam o ex-presidente a Marçal, que vem tentando atrair o eleitorado bolsonarista e aderir à imagem do seu líder, caiu de 19% para 14% no mesmo período. Outros 29% não sabem dizer quem Bolsonaro apoia na capital paulista.

A associação entre o autodenominado ex-técnico e o ex-presidente atingiu seu patamar mais alto nas pesquisas divulgadas em 21 de agosto e 12 de setembro, data em que Bolsonaro mudou de estratégia, deixou de acenar para Marçal e se aproximou de Nunes depois que ele subiu nas pesquisas.

O patrocínio do presidente Lula (PT) ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) é mais reconhecido pelo eleitorado: 75% dos eleitores em geral dizem agora saber da aliança entre eles, contra 70% há duas semanas. O conhecimento também cresceu desde maio, quando essa participação era de 47%.

O Datafolha entrevistou 1.610 moradores da cidade de terça (24) até esta quinta (26). Encomendada pela Folha de S.Paulo, a pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o código SP-06090/2024 e tem margem de erro geral de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo, com nível de confiança de 95%.

A rejeição a um candidato apoiado por Lula cresceu gradativamente e, nos últimos 15 dias, variou de 48% a 51%. Bolsonaro, porém, continua sendo quem mais assusta os eleitores em São Paulo: 64% afirmam que não votariam em um nome endossado por ele, ante 63% na pesquisa anterior.

Os que votaram no ex-presidente em 2022 continuam divididos entre Nunes e Marçal. O influenciador variou de 41% a 43% nesse grupo na última semana, enquanto o prefeito oscilou de 40% a 39% – ou seja, os dois seguem empatados dentro da margem de erro, que é de quatro pontos para esse segmento.

Boulos, por sua vez, continua liderando entre os eleitores de Lula, oscilando de 48% a 49% desse público no mesmo período. O restante dos eleitores de Lula está dividido principalmente entre Nunes (19%) e a deputada federal Tabata Amaral, do PSB (13%), novamente com margem de quatro pontos.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) transfere ao seu patrocínio uma rejeição de 53% – semelhante a Lula e inferior a Bolsonaro. Seu apoio à campanha do atual prefeito é conhecido por 57% dos paulistanos, índice superior ao do ex-presidente.