Lula leva mais de 100 pessoas em comitiva para Assembleia-Geral da ONU em Nova York; veja quem foi

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou mais de 100 pessoas, entre autoridades e assessores, a Nova York (EUA), para acompanhá-lo na 79ª reunião da Assembleia Geral da ONU. As informações constam de dados do Diário Oficial da União (DOU) e do Painel de Viagens do Ministério da Gestão e Inovação. O número é parcial e não inclui, por exemplo, a Embratur – o presidente da entidade, Marcelo Freixo, também está na cidade americana, acompanhado de outros dois assessores.

Procurada, a Secretaria de Comunicação da Presidência confirmou a informação e afirmou que os gastos só serão informados ao final da viagem. O Gabinete de Segurança Institucional disse que viagens como esta exigem “constante trabalho de análise e gestão de riscos”, e que não comentará os custos envolvidos”.

Lula partiu de Brasília com destino a Nova York na manhã deste sábado (21), a bordo do avião presidencial brasileiro. O petista estava acompanhado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; e o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim; além da primeira-dama Janja. Além de Marina, participaram os ministros Fernando Haddad (Finanças), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Vinícius Marques de Carvalho (CGU).

Até o momento, a conta da delegação brasileira na ONU já soma pouco mais de R$ 750 mil – os números são do Painel de Viagens do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, e devem subir nos próximos dias. Das 100 pessoas, só é possível saber integralmente os custos de viagem de 15 delas, incluindo diárias e passagens. Para 19 servidores só é possível saber o custo dos ingressos. E, em 65 casos, ainda não é possível saber nem diárias nem ingressos – os dados devem ser atualizados nos próximos dias. O número também não inclui gastos com o avião presidencial de Lula, apenas passagens em voos comerciais.

O maior gasto até o momento é o da ministra Esther Dweck, totalizando mais de R$ 61 mil. Muito disso se deve ao alto preço da passagem, R$ 45.851,90, segundo dados do próprio Painel de Viagens do MGI. O ministério informou que a passagem foi adquirida no dia 14 de agosto, por agência de viagens licitada. “É importante destacar que nesta época do ano as passagens para Nova York estão mais caras devido à grande procura”, afirmou o MGI, em nota.

Além de eventos paralelos à Assembleia Geral, Dweck também participou de reuniões bilaterais, “incluindo reuniões com os presidentes do BID e do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), como atual presidente do Centro Latinoamericano de Administración para el Desarrollo ( CLAD)”, disse o assessor.

Seguindo a tradição da Assembleia Geral da ONU, Lula fez o discurso de abertura do evento nesta terça-feira (24). O petista condenou as ações de Israel contra os grupos terroristas Hamas e Hezbollah; apelou a investimentos de outros países para o desenvolvimento sustentável e criticou a estrutura da ONU.

A maior delegação é a do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), que levou 31 pessoas a Nova Iorque. A maior parte deles faz parte do Escalão Avançado (Escav), um grupo de agentes de segurança que se desloca antes do Presidente da República para preparar a estadia do chefe de Estado no estrangeiro. Cabe a Escav escanear o local onde o presidente ficará hospedado, por exemplo. Os nomes desses servidores não foram incluídos por motivos de segurança.

Além do GSI, a Presidência da República enviou 16 pessoas a Nova York, incluindo pelo menos três assessores de Janja: Edson Antonio Moura Pinto, Julia Camilo Fernandes Silva e a secretária de imprensa Taynara Pretto Tenório da Cunha. Nem o GSI nem o Gabinete Pessoal divulgaram os nomes dos funcionários no Diário Oficial da União, mas as viagens a Nova York foram registradas no Painel de Viagens do Ministério de Gestão e Inovação (MGI). Todas ocorreram entre os dias 15 e 27 deste mês.

A Secretaria de Comunicação da Presidência enviou outros 16 profissionais, entre eles o assessor de imprensa de Lula, o jornalista José Chrispiniano. O ex-dirigente da Secom, Laércio Portela Delgado, também viajou. Os membros da Secom participaram de eventos paralelos à assembleia sobre “integridade da informação digital” e “enfrentamento ao extremismo”.

Os gastos com viagens aumentaram em 2023, no primeiro ano do governo Lula, em comparação com o último ano da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Em 2023, no âmbito do PT, o governo federal gastou R$ 2,26 bilhões em pouco mais de 810 mil viagens de servidores. Em 2022, último ano do governo Bolsonaro, foram R$ 1,54 bilhão para 643,5 mil viagens. Até o momento, em 2024, o Poder Executivo federal gastou R$ 1,2 bilhão em 445,2 mil viagens.

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