Nunes tenta superar tumultos de Marçal, e Boulos surfa com briga de rivais

Nunes tenta superar tumultos de Marçal, e Boulos surfa com briga de rivais



FOLHAPRESS – O soco do assessor de Pablo Marçal (PRTB) sobre o marqueteiro Ricardo Nunes (MDB) ao final do debate do Flow, na segunda-feira (23/9), não foi suficiente para mudar o rumo do prefeito e Guilherme Boulos (PSOL)que preveem um confronto entre si no segundo turno e trataram o episódio de forma diferente.

Em vídeo postado após o debate, Boulos falou em “baixar essa classe” e citou tanto Marçal quanto Nunes, lembrando que os dois já haviam se enfrentado nos bastidores antes do início, depois que o prefeito reagiu às provocações do influenciador.

Sempre citando os dois, o deputado do PSOL apontou “o nível em que dois bolsonaristas se encontram” e relatou que o clima de “violência e ódio ao bolsonarismo” perdurou durante todo o debate. “É o nosso diferencial para eles, quem assistiu viu”, comentou.

Na noite de terça-feira (24/9), a campanha de Nunes divulgou nota criticando a postura de Boulos que “igualiza o agredido ao agressor”.

“A campanha do prefeito Ricardo Nunes repudia simultaneamente a violência e as declarações abjetas de Boulos que normalizam a violência. Sua posição em relação ao episódio é uma das mais execráveis ​​e vergonhosas”, diz o texto.

A campanha de Nunes afirmou que o candidato do PSOL foi “o único que, em vez de repudiar abertamente um ato covarde de violência […]preferiu culpar também a vítima”.

“Se um profissional da campanha de Boulos sofresse esta violência inaceitável, Ricardo Nunes nunca colocaria questões ideológicas antes do respeito fundamental pelo ser humano. O discurso de Boulos apenas revela quem ele é”, acrescenta a nota.

Após demonstrar otimismo na manhã desta segunda-feira, em evento com políticos da coligação, devido à avaliação de que Marçal havia ficado para trás, a campanha de Nunes foi engolida à noite pelo soco de Nahuel Medina, assessor do influenciador, em Duda Lima, comerciante do emedebista.

O tema Marçal voltou à pauta da campanha do prefeito, que falou sobre as agressões nos eventos que participou e usou suas redes sociais para expor Nahuel e o que chamou de selvageria.

Aliados do prefeito afirmam que se trata de uma resposta imediata que o episódio exigiu, mas que o rumo da campanha continua como antes —e até a nota contra Boulos restabelece o deputado do PSOL como principal adversário.

O planejamento de peças a serem veiculadas em propagandas de rádio e TV, por exemplo, não deve ser alterado por causa da agressão.

Integrantes da equipa de Nunes consideram que o sucedido exige medidas práticas, como acompanhar a evolução jurídica e perceber como é que os organizadores dos próximos debates pretendem garantir a segurança dos candidatos. Mas desviar toda a campanha para a agressão seria deixar-se guiar pelo sentimento de revolta e não pela racionalidade, dizem.

Aliados do prefeito dizem que a declaração de Boulos após o debate causou consternação. A expectativa era que houvesse solidariedade do rival.

Em contraponto, dizem que, no debate em que Marçal mostrou a sua carteira de trabalho a Boulos, que tentou tomá-la sem sucesso, a posição dos aliados do autarca foi favorável. Na ocasião, logo após o programa, os marqueteiros rivais ainda conversaram sobre como agir em relação às provocações do influenciador.

Na noite de segunda-feira, ainda em meio ao tumulto que terminou com a lesão de Duda, estrategistas de outras campanhas chegaram a cogitar, informalmente, um mutirão para pressionar os organizadores do debate a limitar a presença de Marçal, mas as conversas não prosperaram.

A campanha de Boulos, por sua vez, adotou uma posição distante em relação à última confusão envolvendo Marçal e utilizou agressões para assediar também Nunes, nos moldes de que o prefeito aderiu ao jogo de provocação do influenciador e usa armas semelhantes para atacar o candidato do PSOL.

Ao apresentar Nunes e Marçal como duas faces do bolsonarismo e associá-los às brigas nos debates e à violência, Boulos busca se vender como uma alternativa séria e equilibrada. Ele repetiu que o clima bélico da campanha logo passará e que o importante são os quatro anos que se seguirão às eleições.

A leitura compartilhada em particular por pessoas próximas a Boulos é que ele se beneficia ao contornar a discórdia entre os dois concorrentes. O deputado, que também continua alvo do influenciador, mas agora em menor escala do que há algumas semanas, escolheu a via legal e a ironia para responder às provocações. A ordem é isolar Marçal e, na medida do possível, ignorar os ataques.

A assessoria de Boulos avalia que a possibilidade de um segundo turno contra Marçal se tornou remota, o que fez com que as estratégias voltassem a se voltar para o confronto com Nunes, como era esperado.

Acompanhe nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

A prioridade do candidato apoiado pelo presidente Lula (PT) é destacar problemas de gestão e histórico do emedebista, na tentativa de tentar aumentar sua rejeição, de olho no confronto no próximo turno. A campanha estima que será uma disputa difícil, mas continua esperançosa de superá-la.

A pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (19/9) mostra que Nunes venceria Boulos em um possível segundo turno por 52% a 37% —ambos venceriam Marçal.

Integrantes da campanha do PSOL avaliaram que o candidato do PRTB deixou claro no debate do Flow que queria antagonizar Nunes, o que foi lido como o entendimento do influenciador de que o segundo turno entre o deputado e o prefeito parece ser o cenário mais provável —e que ele tenta evitá-lo.



emprestimo do inss

empréstimo para consignados

simular um empréstimo consignado

simular empréstimo picpay

simular emprestimo picpay

como fazer emprestimo no picpay

emprestimo consignado no inss

blue emprestimo

simulação empréstimo picpay

emprestimo consignado simulação

inss empréstimos

Joyeuse saint nicolas.