24/09/2024 – 18:37
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Marcelo Queiroz: abrigos muitas vezes são os únicos a receber animais abandonados, maltratados ou perdidos
O Projeto de Lei 2534/24 cria o Programa Protetor do Microempreendedor para regularizar e formalizar estabelecimentos de protetores de animais domésticos resgatados.
Os serviços de hospedagem desses animais, conforme texto, deverão atender aos seguintes requisitos:
- todos os locais impermeáveis destinados à circulação e permanência de animais deverão possuir material liso, lavável e proporcionar drenagem adequada de dejetos;
- utilizar materiais no piso, teto, paredes e paredes que não representem risco à saúde e segurança dos animais, sendo proibida a utilização de ofensivas em locais acessíveis a eles;
- possuir condições de segurança adequadas para evitar a fuga do animal;
- manter em isolamento os animais contaminados por doenças infecciosas, separados dos demais animais alojados no estabelecimento, até que a doença seja efetivamente controlada; entre outros requisitos.
O texto prevê que os estabelecimentos cadastrados como “hospedagem de animais” poderão ser fiscalizados a qualquer momento pelas autoridades competentes.
A proposta determina que cabe ao Poder Executivo Federal definir critérios e valores e aplicar multas de R$ 1.000,00 a R$ 20.000,00, proporcionalmente à gravidade da infração.
No caso de animais resgatados de ações de fiscalização, o projeto estabelece que esses animais poderão ser encaminhados para alojamentos credenciados e o Poder Público será o fiel guardião do animal até sua adoção.
O autor do projeto, deputado Marcelo Queiroz (PP-RJ), explica que muitas vezes os abrigos são os únicos espaços onde animais abandonados, vítimas de maus tratos, ou mesmo animais perdidos, podem obter comida, água potável e um teto sobre suas cabeças. para se proteger da chuva e da exposição solar.
“Esta proposta significa dar aos abrigos a possibilidade de se tornarem estabelecimentos comerciais, com regras de funcionamento e condições básicas de higiene e segurança. Em troca, serão atribuídos fundos públicos para financiar esta importante atividade”, argumenta.
Próximas etapas
O projeto, que está tramitando em caráter conclusivoserão analisados pelos comitês de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Finanças e Fiscalidade; e Constituição e Justiça e Cidadania. Para se tornar lei, também precisa ser aprovada pelo Senado.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Geórgia Moraes
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