Câmara rejeita recurso de Chiquinho Brazão contra cassação

Câmara rejeita recurso de Chiquinho Brazão contra cassação


A recomendação de revogação foi feita pelo Conselho de Ética em agosto e será encaminhada ao plenário da Câmara.

Foto: Agência Câmara

A recomendação de revogação foi feita pelo Conselho de Ética em agosto e será encaminhada ao plenário da Câmara. (Foto: Agência Câmara)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara negou nesta segunda-feira (23) recurso apresentado pela defesa do deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) que pedia a anulação da recomendação de perda do mandato do parlamentar, feita por Conselho de Ética da Câmara.

A recomendação de impeachment foi feita pelo Conselho de Ética em agosto e será encaminhada ao plenário da Câmara, que terá a palavra final sobre a punição do deputado. Para que Brazão perca o mandato, a recomendação precisará ser aprovada pelo plenário por pelo menos 257 dos 513 deputados. No Conselho de Ética, a recomendação de revogação foi aprovada por 15 votos a favor e um contra. Apenas o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) rejeitou a recomendação.

A defesa do deputado pediu a anulação da análise do colegiado, alegando que o relator do caso, deputado Jack Rocha (PT-ES), “demonstrou inclinação pré-condenação”.

Os advogados de Brazão também argumentaram que cabe ao Conselho de Ética punir atitudes que violem o decoro parlamentar, o que envolveria ações relacionadas ao mandato, enquanto o assassinato de Marielle Franco seria matéria eminentemente criminal e, portanto, deveria caber à Justiça julgar .

Com isso, a defesa pediu que fosse escolhido um novo deputado para denunciar a representação contra Chiquinho Brazão no Conselho de Ética.

O pedido, porém, foi rejeitado pelos deputados da comissão. “Desde o início, todas as etapas foram seguidas em conformidade com as normas que regem o Conselho de Ética”, afirmou o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO). “O relator foi nomeado de forma regular, sem favorecimentos que prejudicassem o recorrente.”

Os deputados apontaram ainda que Chiquinho Brazão tinha o direito de se manifestar durante o processo, além de apresentar testemunhas.