Uma mulher de 25 anos foi liberada no município de Jucuruçu, na Bahia, após pedir ajuda a familiares pelas redes sociais. Ela foi mantida em cativeiro pelo próprio tio por quase uma década, segundo a polícia.
A operação de resgate da jovem foi realizada por agentes da Polícia Civil do Espírito Santo na sexta-feira (20/9).
“Após quase 10 anos de buscas, conseguimos localizar a vítima graças ao contato que ela fez com a família. Atuamos prontamente para organizar a operação, que foi um sucesso”, declarou o delegado Fabrício Lucindo, titular da 16ª Delegacia Regional. de Linhares.
A operação começou na madrugada desta quinta-feira (19/9), quando os policiais civis, acompanhados do pai da vítima, partiram do Rio Bananal, no norte do Espírito Santo, com destino a Jucuruçu, na Bahia, a aproximadamente 450 quilômetros de distância.
Ao chegarem ao local, realizaram uma campanha para identificar o cativeiro e, na manhã de sexta-feira (20/9), cercaram o imóvel. O suspeito de 43 anos, porém, conseguiu fugir para a mata ao perceber a chegada da polícia.
“O criminoso conhecia muito bem a área e, apesar de ter sido perseguido pela polícia por um longo período, conseguiu fugir. Continuamos as buscas para capturá-lo”, disse o delegado.
A vítima foi encontrada dentro de casa e, segundo os agentes, ficou muito emocionada com sua libertação.
Ela disse que foi sequestrada pelo tio em 2015, sofreu constantes abusos sexuais e foi mantida trancada e sob ameaça de morte, inclusive contra a família, caso tentasse fugir.
“Ele a vigiava o tempo todo e nunca permitia que ela frequentasse a escola. A vida dela era totalmente controlada por ele. A vítima passou por vários lugares, inclusive pela capital Vitória, onde morou por três anos, antes de ser levada para Jucuruçu. Durante o processo, o tempo todo ela era obrigada a trabalhar na lavoura e recebia apenas R$ 100 por mês”, disse o delegado.
O suspeito deu à vítima um telefone celular há oito meses, o que lhe permitiu entrar em contato com a família sem o seu conhecimento.
“Ela criou uma conta na rede social Instagram e conseguiu pedir ajuda. Foi a partir daí que conseguimos montar a operação”, disse o delegado.
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Além de libertar a vítima, a Polícia Civil apreendeu no local três armas de fogo de fabricação caseira, sendo um revólver calibre 12 e um revólver calibre 38, além de munições e documentos falsos.
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