Reportagem desta edição de VEJA mostra como o desempenho Polícia Federal neste terceiro mandato do presidente Lula tem gerado suspeitas, dentro e fora do governo, de que a corporação está sendo guiada por objetivos políticos em algumas de suas operações.
As suspeitas aumentaram com a ação realizada no dia 12 no município de Patos, cidade do sertão paraibano. Agentes realizaram buscas e apreensões para apurar suspeita de desvio de recursos em projeto financiado com recursos indicados pelo deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), que é filho do prefeito.
Oito dias antes da operação, Motta já havia movimentado o cenário político ao se apresentar como candidato Presidência da Câmara dos Deputadoscausando uma reviravolta na já turbulenta disputa. Para muita gente importante de Brasília, o ataque da PF não foi uma simples coincidência – assim como tantos outros que envolveram grandes figuras políticas.
Dentro da PF, as críticas às operações são conhecidas e também vistas como perseguição. O principal argumento é que as medidas estão sempre alinhadas com o Ministério Público e a Justiça, cabendo à corporação agir com base nas provas apresentadas.
“Todas as investigações da Polícia Federal são baseadas na autonomia da equipe de investigação, na qualidade das provas e na responsabilidade. Não há, e as datas e fatos comprovam isso, nenhuma atuação policial que tenha preconceito ou relação com algum fato político”, disse a VEJA o diretor-geral da PF, Andrey Rodrigues.
Novos cuidados
O Presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL), é um dos que questionaram pessoalmente o comando da PF. Em junho do ano passado, uma operação que investiga fraudes em contratos de kits de robótica em Alagoas, adquiridos com recursos do conhecido orçamento secreto, teve como alvo um assessor que atuava como braço direito de Lira em Brasília.
Os investigadores encontraram 4 milhões de reais guardados em um cofre pertencente a um dos investigados e também notas que indicavam o pagamento de despesas pessoais de Lira e sua família. A medida ocorreu no auge de uma crise entre a Câmara e o Palácio do Planalto.
As provas acabaram anuladas pelo ministro Gilmar Mendesque considerou que o foro privilegiado de Lira foi desrespeitado. Já a PF argumentou que as operações começaram sem o envolvimento do presidente da Câmara, e só depois de meses encontraram um assessor – e não diretamente com Lira.
Para evitar que casos como esse voltem a acontecer, a Polícia Federal quer adotar uma nova postura quando as investigações tiverem qualquer relação, mesmo que indireta, com políticos e juristas.
A ideia é que fique claro, desde o início das operações, se os casos envolvendo pessoas ou ações ligadas a políticos devem ser, de ofício, enviados ao Supremo. Portanto, o Tribunal passou a ser consultado em situações específicas, como no caso de investigações sobre desvios de emendas.
A corporação quer saber, por exemplo, se as investigações envolvendo recursos enviados por deputados aos municípios devem levar à abertura de inquéritos sobre esses parlamentares no Supremo. O objetivo da medida é evitar a nulidade das ações.
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