O presidente da Câmara de Vereadores e candidato a prefeito de Belo Horizonte (PBH), Gabriel Azevedo (MDB), aposta no efeito “Célio de Castro” para chegar ao segundo turno da campanha pelo comando da capital. Contrariando todas as pesquisas eleitorais, Célio de Castro foi ao segundo turno das eleições de 1996 e foi eleito prefeito de Belo Horizonte, na época pelo PSB, partido de Paulo Brant, candidato a vice-prefeito na chapa de Gabriel. Nas pesquisas de intenção de voto, Azevedo aparece em sétimo lugar entre os dez candidatos.
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Segundo ele, na disputa de 1996, todos diziam que Célio de Castro tinha as melhores propostas, mas estava atrás nas pesquisas, assim como está agora. Durante visita ao bairro Betânia, região noroeste da cidade, nesta sexta-feira (15/9), o candidato atribuiu seu desempenho ao desconhecimento da população a respeito de seu nome e de sua atuação como vereador em dois mandatos consecutivos.
“Assim como foi em 1996, quando Célio ficou mais conhecido e as pessoas começaram a reconhecer que ele era o candidato certo para prefeito, o mesmo pode acontecer agora”, disse Azevedo. Ele também aproveitou para criticar seus adversários, afirmando que o apresentador e deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), que lidera as pesquisas, está à frente por seu programa de televisão e não por seu trabalho como parlamentar.
“Se eu passasse os últimos 16 anos apresentando o programa de televisão, ganhando um salário do povo em vez de votar, certamente seria mais conhecido. Mas não seria alguém mais responsável em relação à minha cidade e à política”, disse o candidato.
Azevedo também criticou os adversários Bruno Engler (PL) e Rogério Correia (PT), que, segundo ele, fazem campanha “bagando” o ex-presidente Jair Bolsonaro e o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois aparecem melhor posicionados que ele nas pesquisas de intenção de voto.
“Mas como vocês sabem, chama a atenção a bajulação a Bolsonaro e Lula”, criticou Azevedo, que atribui a atuação dos dois adversários à vinculação de suas imagens a Bolsonaro e Lula.
“Temos a melhor proposta e o melhor candidato. Não somos puxa-sacos do Lula ou do Bolsonaro. Não somos jornalistas que passaram os últimos anos apresentando programas e ganhando salário do povo. Aqui temos gente que ama Belo Horizonte e que, ao mesmo tempo, ao conhecerem nossas propostas, se aproximam e aderem a elas. Estamos comprometidos com moradia, trabalho, transporte e com o objetivo de fazer com que as pessoas voltem a sentir orgulho de Belo Horizonte”, afirmou.
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