Prefeitura em Minas é alvo de operação do MP

Prefeitura em Minas é alvo de operação do MP



Na manhã desta terça-feira (9/10), foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão no bairro de Bom Jesus da Cachoeira e no município de Laranjal, na Zona da Mata mineira, no âmbito da Operação Laranja Podre, conduzida por o Ministério Público (MP). A operação investiga crimes cometidos contra a administração pública em Laranjal e Muriaé.

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Segundo o MP, os mandados foram executados nas residências dos investigados, na sede da Prefeitura de Laranjal e em galpão da Secretaria Municipal de Agricultura. As identidades dos envolvidos ainda não foram divulgadas e a Prefeitura de Laranjal não se pronunciou até o momento. O espaço permanece aberto.

Entre os crimes investigados estão corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa e prevaricação. A operação contou com o apoio das Polícias Civil e Militar e as investigações estão em andamento.

Operação Laranja Podre

A atual operação é um desdobramento da Operação “Catarse”, iniciada em 2021. Em investigações anteriores, foram obtidas informações de um celular de um ex-vereador de Muriaé, revelando supostos pagamentos a agentes públicos da Prefeitura de Laranjal. Dessas descobertas surgiram indícios de irregularidades envolvendo uma empresa cadastrada em nome da esposa do ex-deputado, que servia como “laranja” para fornecimento de máquinas pesadas para a Prefeitura de Laranjal por meio de convênios com a Associação dos Municípios da Microrregião de Rio Médio Pomba (Amerp). O nome do ex-parlamentar também não foi divulgado.

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Além do uso suspeito da empresa por conta de terceiros, apurou-se que o ex-vereador mantinha conversas diretas com o secretário municipal de Agricultura de Laranjal, que também é alvo da operação. As mensagens indicam que o secretário atuou como intermediário para garantir a execução dos serviços da empresa, facilitando o processo para o ex-parlamentar.

Outras evidências indicam que o ex-vereador fez transferência bancária para o secretário por meio de chave pix cadastrada em nome da filha do agente público, levantando suspeitas de práticas de lavagem de dinheiro.

As investigações apontam ainda que o ex-deputado manteve contato com o secretário do prefeito de Laranjal, outro envolvido na operação, buscando influenciar pagamentos relativos a serviços prestados pela empresa.

A reportagem procurou o Ministério Público para confirmar a identidade do secretário e do chefe de gabinete para buscar a defesa dos citados. Porém, não houve retorno.



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