09/04/2024 – 18:22
Pedro França/Agência Senado
A líder da minoria, deputada Bia Kicis, falando na galeria do Senado na segunda-feira
A suspensão do X, antigo Twitter, provoca diversas reações e mobilizações dos deputados. Há de tudo, desde uma manifestação de apoio à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) até um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes e um anúncio de obstrução nas votações na Câmara dos Deputados. A polêmica também reacende o debate em torno da regulamentação das redes sociais por meio do chamado “PL das Fake News” (PL 2630/20).
Em abril, X e seu proprietário, Elon Musk, foram incluídos na investigação da milícia digital, sob suspeita de obstrução à justiça, organização criminosa e incitação a crimes. Sem representante legal no Brasil desde 17 de agosto, X foi multado e teve suas operações suspensas por decisão do ministro Moraes, ratificada pela Primeira Turma do STF no dia 2.
Partidos de oposição divulgaram nesta quarta-feira (4) um manifesto em que acusam Alexandre de Moraes de abuso de autoridade por meio do inquérito das fake news, aberto em 2019, que seria utilizado para “investigações secretas e ameaças à liberdade de expressão”. “O direito à liberdade de expressão está restrito”, disse o deputado delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP). Ele já havia anunciado, no Plenário do Senado nesta segunda, a apresentação de futuro pedido de impeachment do ministro do STF. “Precisamos do apoio de todos os senadores. O processo de impeachment é simples. Será protocolado no dia 9 de setembro”, garantiu.
O manifesto da oposição também pede a instalação de uma CPI na Câmara sobre supostos abusos de autoridade no Judiciário, o arquivamento das investigações e a anistia aos que chama de “perseguidos politicamente”.
O líder de Minoria na Câmara, a deputada Bia Kicis (PL-DF), anunciou a disposição da oposição em paralisar as votações na Câmara a partir do dia 9, quando haverá um esforço concentrado, até que essas demandas sejam atendidas. “Vamos obstruir a Câmara dos Deputados e lutar pela anistia dos perseguidos politicamente para que a censura não seja mais aplicada no Brasil. O que está sendo feito não é só contra X: é uma censura a 22 milhões de pessoas que usaram X para as mais diversas atividades, inclusive para benefício profissional”.
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Jilmar Tatto defendeu instalação de comissão para analisar o PL das Fake News
Notícias Falsas
Membro do Grupo de Trabalho sobre Regulação das Redes Sociais da Câmara, o deputado Jilmar Tatto (PT-SP) elogiou a decisão do STF de suspender X. Segundo Tatto, houve disseminação de notícias falsas e outros crimes que alimentaram, em parte, o ódio à população.
“Liberdade de expressão é uma coisa, cometer crime na plataforma é outra. É terra de ninguém e não pode ser terra de ninguém: todos têm que cumprir a lei, inclusive essas plataformas internacionais que vêm aqui no Brasil, operam aqui no Brasil e precisam ter escritório no Brasil. Isso está na legislação e não é diferente em relação a X. Por isso a decisão do STF é acertada e o Legislativo não pode evitar fazer essa regulamentação”.
Tatto espera a instalação de uma comissão especial para analisar o chamado “PL das Fake News” após as eleições, com espaço para amplo debate com todos os interessados, inclusive representantes da plataforma.
Pelas redes sociais, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator da proposta, afirmou que o fechamento do X é fruto de “irresponsabilidade exclusiva de Elon Musk”. Acrescentou que “não faz sentido falar em ‘censura’ ou ‘perseguição’” e que a decisão de Alexandre de Moraes é uma questão de soberania nacional face ao descumprimento da legislação por parte de X.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Georgia Moraes
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