Oposição marca dia para protocolar pedido de impeachment de Alexandre de Moraes e ameaça obstrução no Senado

Oposição marca dia para protocolar pedido de impeachment de Alexandre de Moraes e ameaça obstrução no Senado


Obstruir as agendas do Senado é uma alternativa a ser utilizada caso Pacheco não coloque em votação o pedido de impeachment.

Foto: Gustavo Moreno/STF

Obstruir as agendas do Senado é uma alternativa a ser utilizada caso Pacheco não coloque em votação o pedido de impeachment. (Foto: Gustavo Moreno/STF)

A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tem data e hora para protocolar o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em evento no Senado, que acontecerá às 16h da próxima segunda-feira (9), os parlamentares defenderão o impeachment do magistrado e cobrarão posicionamento do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Segundo parlamentares da oposição, obstruir as agendas do Senado é uma alternativa a ser utilizada caso Pacheco não coloque em votação o pedido de impeachment. Caso isso aconteça, o movimento poderá afetar a sabatina e a votação do economista Gabriel Galípolo, indicado por Lula para chefiar o Banco Central (BC).

O governo quer que Galípolo seja interrogado na próxima terça-feira (10) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A indicação deve ser votada pelo plenário do Senado no mesmo dia. A maioria da CAE é composta por parlamentares da oposição.

O pedido de impeachment será apresentado dois dias após o ato, convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que acontecerá na Avenida Paulista no dia 7 de setembro. Um dos temas centrais da manifestação é justamente o afastamento do ministro do Supremo Tribunal Federal.

Nos últimos dias, os parlamentares de Bolsonaro intensificaram a defesa do impeachment do magistrado. Apesar disso, quem está ao redor de Pacheco continua rejeitando qualquer possibilidade de colocar o pedido de impeachment na ordem do dia.

A oposição planejava apresentar o pedido desde o início do mês passado, quando foram divulgadas mensagens de assessores de Moraes que mostravam que o ministro utilizava o aparato do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fora do rito tradicional de solicitação de serviços, para apoiar decisões contra aliados de Bolsonaro. A pressão sobre Moraes aumentou na semana passada, após a crise entre o ministro e o bilionário Elon Musk, que culminou na suspensão do X (antigo Twitter). (AE)