Na última sexta-feira (30/8) jornais e portais de notícias de todo o mundo noticiaram a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em suspender rede social no brasil. A determinação ocorreu após esta rede social, empresa do bilionário Elon Musk, não atender ao pedido do relator para nomear um representante legal no Brasil.
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O New York Times se pronunciou e argumentou que o imbróglio é “o maior teste até agora para os esforços do bilionário para transformar o local em uma praça digital onde quase tudo é possível”. O proibição do uso de VPN por usuários brasileiros que tentam acessar o Twitter, infração que pode resultar em multa de R$ 50 mil segundo decisão de Moraes, foi caracterizada pelo jornal como “uma atitude bastante inusitada”, afirmou em matéria publicada em seu portal.
O jornal americano também publicou uma nota no Instagram explicando o que está acontecendo no Brasil. “Para combater a enxurrada de desinformação online durante as eleições presidenciais de 2022, o Brasil concedeu a um ministro do Supremo Tribunal Federal amplos poderes para ordenar que as redes sociais removessem conteúdos que ele considerava uma ameaça à democracia”, disse ele em comunicado.
“Desde então, esse ministro, Alexandre de Moraes, liderou uma campanha agressiva para limpar a internet do país, obrigando as redes sociais a removerem milhares de postagens. Tem sido uma das ações mais abrangentes — e, de certa forma, mais eficazes — para reprimir a desinformação online. Quando as suas ações ajudaram a sufocar os esforços da extrema direita para anular os resultados eleitorais do Brasil, académicos e comentadores interrogaram-se se o país tinha encontrado uma possível solução para um dos problemas mais difíceis da democracia moderna”, dizia a nota.
No dia 17 de agosto, Elon Musk optou por fechar o escritório X no Brasil, seguindo ordem do ministro Alexandre de Moraes para suspender os perfis dos investigados nas investigações do STF, sob pena de multa em caso de descumprimento. Musk, que se tornou alvo de investigação do Supremo Tribunal Federal, recusou-se a aceitar as decisões de Moraes, alegando que equivalem a censura.
Leia a nota na íntegra:
Para combater a enxurrada de desinformação online durante as eleições presidenciais de 2022, o Brasil concedeu a um juiz do Supremo Tribunal amplos poderes para ordenar às redes sociais que removessem conteúdos que ele considerava uma ameaça à democracia.
Desde então, este ministro, Alexandre de Moraes, liderou uma campanha agressiva para limpar a internet do país, obrigando as redes sociais a removerem milhares de publicações. Tem sido uma das ações mais abrangentes — e, de certa forma, mais eficazes — para reprimir a desinformação online.
Quando as suas ações ajudaram a sufocar os esforços da extrema direita para anular os resultados eleitorais do Brasil, académicos e comentadores questionaram-se se o país teria encontrado uma solução possível para um dos problemas mais difíceis da democracia moderna.
Na sexta-feira, em sua ação mais ousada, o ministro Moraes bloqueou a rede social X no Brasil porque seu proprietário, Elon Musk, ignorou suas ordens judiciais para remover contas. Isso fez com que até mesmo muitos dos apoiadores do ministro Moraes ficassem preocupados com a possibilidade de a experiência ter ido longe demais.
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