Após anos consecutivos de frustração, a concessão da BR-381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares teve, nesta quinta-feira (29/8), um capítulo decisivo para sua privatização e a duplicação da pista conhecida como “Rodovia da Morte”. Desde 2021, o governo federal tenta, sem sucesso, atrair a iniciativa privada para o projeto. Este ano, a quarta tentativa finalmente teve sucesso, ainda que custasse chá e enfrentasse uma profunda remodelação do contrato oferecido pelo poder público.
O leilão que aconteceu no início da tarde na bolsa B3, em São Paulo, teve como critério para definição do vencedor a apresentação do maior desconto na tarifa básica de pedágio. Apenas duas empresas se inscreveram e aderiram a uma única licitação. A gestora de investimentos Opportunity ofereceu um desconto de 0,1% e foi derrotada pela 4UM, que cobrará dos motoristas uma tarifa 0,94% mais barata.
Para Aline Klein, doutora em Direito pela USP e sócia de infraestrutura e regulação do escritório Vernalha Pereira, o baixo número de interessados e a taxa de desconto inferior a 1% eram esperados e revelam a dificuldade ligada à concessão de 381. Sobre o alterações contratuais para reduzir as responsabilidades da concessionária, o especialista acredita que não houve leniência, mas sim um esforço para atender às exigências mínimas do mercado.
“É um contrato feito sob medida para ser aceito pelo mercado e isso fica bem evidente com o baixíssimo desconto que os dois licitantes deram. O grande temor do governo era que, mais uma vez, não houvesse interessados no 381. Isso não aconteceu, mas o contrato não era gratuito. Tanto que os cálculos não deram desconto de 1%. Trata-se de um contrato com uma questão geológica urbana bastante complexa e também com atribuição de parte das obras ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o que costuma gerar problemas de aceitação. A experiência mostra que esse é geralmente um processo demorado e muitas vezes conflitante entre o contratante, o Dnit, a concessionária, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Tem muita gente discutindo”, avalia.
Klein toca no ponto de que a principal manobra do governo federal para atrair empresas interessadas foi a retirada dos 30 quilômetros entre Belo Horizonte e Caeté do cronograma de obras da concessão. A duplicação neste trecho ficará a cargo do Dnit e a administração será posteriormente assumida pela concessionária.
Com a necessidade de retirar e realocar cerca de duas mil famílias que moram à beira da estrada, além de realizar obras em terrenos acidentados, a duplicação da BR-381 próxima à capital foi vista como motivo para o afastamento da iniciativa privada . Na primeira tentativa de concessão sem o trecho em questão, o leilão foi bem-sucedido.
Para o especialista, além de retirar o trecho próximo à capital mineira, o aumento da taxa de rentabilidade também foi um ponto relevante para atrair empresas interessadas.
“Não é uma garantia, mas é a taxa com base na qual os projetos são feitos. Quando o projeto é modelado, ele possui uma estimativa de tráfego, custo e retorno. O retorno é calculado por meio de uma relação entre custo e receita, e diz respeito à estimativa do que será recebido pelos acionistas ao longo dos 30 anos de concessão. A Taxa Interna de Retorno (TIR) desse contrato é de 11,97%, enquanto a da BR-040 com leilão previsto para o final de setembro é de 9,21%, por exemplo”, comenta.
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