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A Editorial Sul
| 29 de agosto de 2024
Inadimplência permanece estável em 5,5%
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Joédson Alves/Agência Brasil
A taxa média de juros cobrada de pessoas físicas no crédito livre caiu 0,5 ponto percentual (pp) em julho no Brasil, em relação a junho, atingindo 51,2% ao ano. Em julho de 2023, essa mesma taxa era de 58,3%. Os dados constam das Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas nesta quinta-feira (29) pelo BC (Banco Central).
Crédito gratuito é quando os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. No caso das empresas (pessoas jurídicas), a taxa média cobrada no mercado livre pelas instituições financeiras foi de 21,2% ao ano, resultado que representa um aumento de 0,3 pp
Na comparação com julho de 2023, quando a taxa média cobrada das empresas era de 23% ao ano, o resultado representa queda de 1,8 p.p.
Padrão
O percentual de pessoas físicas inadimplentes permanece estável desde janeiro de 2024, com 5,5% de pessoas com dívidas vencidas há mais de 90 dias. Em julho de 2023, o percentual de inadimplentes era de 6,2%.
No caso das pessoas jurídicas, 2,9% das empresas estão inadimplentes, resultado que representa queda de 0,2 pp em relação a junho e de 0,4 pp em relação a julho de 2024, quando era de 3,2%.
Cartão de crédito
O crédito rotativo é a modalidade que apresenta as maiores taxas do mercado. É contratado pelo consumidor quando ele paga menos que o valor integral da fatura do cartão em até 30 dias. Após o período, as instituições financeiras parcelam a dívida, em condições mais razoáveis para o consumidor.
Segundo o BC, a taxa média de juros cobrada pelos cartões de crédito parcelados para pessoas físicas é de 178% ao ano, redução de 4,5 pp em relação ao mês anterior, de 182,5%, e menos 20,3 pp em relação a julho de 2023, quando a alíquota cobrada foi de 198,2%.
No caso do crédito rotativo, a taxa cobrada em julho foi de 432,3% ao ano, resultado 9 pp abaixo do cobrado no mesmo mês do ano passado, 441,3%.
“Em janeiro deste ano entrou em vigor a lei que limita os juros rotativos a 100% do valor da dívida, mas a medida não afeta a taxa de juro acordada no momento da concessão do crédito. Como vale apenas para novos financiamentos, não houve impacto no cálculo estatístico de junho”, explicou o BC.
A taxa média total de juros cobrada pelos cartões de crédito foi de 82,8% em julho. Em junho, era de 85,2%, e em julho de 2023, de 101,9%.
Verificação especial
Os juros médios cobrados nos cheques especiais foram de 127,8% ao ano em julho, resultado 3,5 pp inferior ao cobrado em junho (131,3%). Em julho de 2023, os juros médios cobrados nos cheques especiais eram de 132%.
A alíquota média cobrada no crédito pessoal consignado, faturado diretamente na folha de pagamento, está estável desde maio, em 23,2% ao ano, enquanto o crédito não consignado (crédito pessoal) está em 89,5% ao ano, alta de 1,9 p.p. para junho.
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Taxa média de juros caiu para 51,2% em julho para pessoas físicas no Brasil
29/08/2024
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