Arrecadação federal cresce 9,55% e chega a R$ 231,04 bilhões em julho

Arrecadação federal cresce 9,55% e chega a R$ 231,04 bilhões em julho


De janeiro a julho, valor arrecadado também foi recorde

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

De janeiro a julho, o valor arrecadado também foi recorde. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A arrecadação de impostos e outras receitas da União atingiu recorde para o mês de julho, atingindo R$ 231,04 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (22) pela Receita Federal.

O resultado representa um aumento real de 9,55%, ou seja, descontada a inflação, em valores corrigidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), em relação a julho de 2023.

É também o melhor desempenho da receita no período de janeiro a julho. No período, a receita atingiu R$ 1,53 trilhão, representando um aumento pelo IPCA de 9,15%.

Os dados da arrecadação estão disponíveis no site da Receita Federal. Quanto às receitas administradas pelo órgão, o valor arrecadado no mês passado foi de R$ 214,79 bilhões, representando um aumento real de 9,85%. No acumulado do ano, a arrecadação atingiu R$ 1,45 trilhão, um aumento real de 9,07%.

Os resultados foram influenciados positivamente por variáveis ​​macroeconômicas, resultado do comportamento da atividade produtiva e, atipicamente, pela tributação de fundos exclusivos, atualização de bens e direitos no exterior e retorno da tributação do PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para o Desenvolvimento Social). Financiamento de Segurança) sobre combustíveis.

Além disso, houve aumento na arrecadação no mês devido à calamidade ocorrida no Rio Grande do Sul, devido à prorrogação dos prazos de recolhimento de impostos em alguns municípios gaúchos.

Por outro lado, a situação levou a uma perda de receitas no ano. O estado foi atingido por enchentes em abril e maio, o pior desastre climático de sua história, com destruição de estruturas e impacto em famílias e empresas. Dos 497 municípios gaúchos, 478 foram afetados.

“Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 6,77% na arrecadação do período acumulado e de 8,28% na arrecadação do mês de julho”, informou a Receita Federal.

Receitas atípicas

No acumulado do ano, a Receita Federal estima perda de arrecadação em R$ 7,3 bilhões devido ao diferimento de tributos federais em razão dos decretos de calamidade pública nos municípios gaúchos.

Considerando apenas o mês de julho, houve uma receita extra de R$ 700 milhões devido à prorrogação dos prazos de recolhimento de impostos em alguns municípios do Rio Grande do Sul. As contribuições para a segurança social devidas em abril, maio e junho de 2024 foram adiadas para julho, agosto e setembro de 2024, respetivamente. Enquanto o Simples Nacional de maio foi adiado para junho e o de junho foi adiado para julho.

Contribuindo para melhorar a arrecadação, em julho, houve arrecadação extra de R$ 270 milhões de IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) – Rendimentos de Capital, referente à tributação de fundos exclusivos, o que não ocorreu no mesmo mês de 2023.

De janeiro a julho, essa receita extra chegou a R$ 13 bilhões. A lei que altera o Imposto de Renda incidente sobre fundos de investimento fechados e sobre rendimentos obtidos no exterior por meio de empresas offshore foi sancionada em dezembro do ano passado.

Mesmo assim, no total do mês de julho, a arrecadação do IRRF-Rendimentos de Capital diminuiu 1,11% em relação a julho de 2023, atingindo R$ 8,75 bilhões, principalmente em função da queda nas receitas de aplicações e fundos de renda fixa. No acumulado do ano, a receita dessa rubrica chega a R$ 81,93 bilhões, um crescimento real de 17,83%, sendo R$ 13 bilhões decorrentes da tributação de fundos exclusivos.