As lideranças do Congresso Nacional, do STF (Supremo Tribunal Federal) e integrantes do governo Lula (PT) chegaram a um acordo nesta terça-feira (20/8) para amenizar a crise das emendas parlamentares, liberando o mecanismo aos parlamentares e pedindo a estabelecer algumas diretrizes.
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As partes também concordaram em estabelecer novos parâmetros para as chamadas alterações individuais e de comissão, no prazo de 10 dias.
“Em reunião entre os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Casa Civil, o procurador-geral da União e o procurador-geral da República, realizada na presidência do Supremo Tribunal Federal, em 20 de agosto de 2024, com a presença de todos os ministros do STF, chegou-se ao consenso de que as emendas parlamentares devem respeitar critérios de transparência, rastreabilidade e correção”, informaram em nota conjunta.
Após a reunião, porém, o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, afirmou que a implementação das alterações permanece suspensa até que os critérios sejam definidos.
Barroso recebeu em almoço todos os outros ministros do Tribunalo procurador-geral da República, Paulo Gonet, representantes do governo e a liderança do Congresso Nacional para lidar com a crise das emendas.
Estiveram presentes os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, respectivamente Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Participaram o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT) e o procurador-geral da União, Jorge Messias, em representação do governo federal.
Um dos pontos pactuados prevê a manutenção das chamadas “emendas pix”, que vão diretamente do governo federal para os cofres municipais, inclusive pelo seu caráter impositivo. Contudo, as partes chegaram a um consenso de que deve ser observada a necessidade de identificação antecipada do objeto, a concessão de prioridade para obras inacabadas e a prestação de contas ao TCU (Tribunal de Contas da União).
Em relação às demais alterações individuais, os três Poderes decidiram manter sua imposição, mas haverá uma regulamentação sobre os critérios objetivos para determinar o que são impedimentos técnicos. Esses parâmetros deverão ser estabelecidos por meio de diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo, que deverá chegar a um consenso em até 10 dias.
As alterações de bancada serão destinadas aos projetos estruturantes de cada estado e do Distrito Federal, de acordo com a definição da bancada naquela unidade da federação. No entanto, a individualização é proibida.
Por fim, numa vitória do governo federal, as emendas das comissões parlamentares serão destinadas a projetos de interesse nacional ou regional. Aqueles Os projetos serão definidos em comum acordo entre o Legislativo e o Executivomas procedimentos mais precisos também serão estabelecidos dentro de dez dias.
Na manhã desta terça, Pacheco foi recebido por Lula em café da manhã no Palácio da Alvorada. O presidente do Senado também se reuniu com Lira para discutir o impasse nas emendas.
Na noite de segunda-feira (19/8), Lula e Lira se encontraram no Palácio do Planalto. A expectativa era que abordassem, entre outros temas, o impasse das emendas.
Nos últimos dias, líderes partidários na Câmara começaram a discutir alternativas para atender às exigências do Supremo sobre emendas de comissões, consideradas prioritárias para os parlamentares.
Uma das alternativas estudadas é adotar metodologia semelhante à utilizada na distribuição de recursos para emendas de bancadas estaduais, criando a figura de um relator para cada um dos órgãos colegiados.
Também foi colocada em cima da mesa a possibilidade de as comissões elaborarem um relatório com a distribuição de emendas que seriam submetidas à votação dos parlamentares de cada colegiado.
Há uma avaliação entre os líderes de que também é importante preservar as alterações individuais obrigatórias, pois esta modalidade é considerada uma prerrogativa do Legislativo.
A questão das emendas parlamentares está no centro de uma crise entre os Poderes, que ganhou novos contornos com a decisão monocrática do ministro Flávio Dino. Na sexta-feira (16), o Supremo acatou por unanimidade a decisão do magistrado de suspender a execução dos recursos tributários até que deputados e senadores dêem mais transparência aos repasses.
Conforme mostrou a Folha, a PGR (Procuradoria-Geral da República) registrou, em procedimentos sigilosos, 13 inquéritos preliminares do STF que tratam de suspeitas relacionadas a irregularidades no uso de emendas.
Eles começaram a tramitar na Justiça no dia 22, quando Dino já havia agendado audiência de conciliação discutir a necessidade de regras de transparência e rastreamento desses recursos.
As alterações obrigatórias são as alterações de bancada, as alterações individuais com finalidade definida e as alterações especiais de transferência, conhecidas como “alterações Pix”.
São uma forma pela qual deputados e senadores podem enviar dinheiro para obras e projetos em suas bases eleitorais e, com isso, aumentar seu capital político. A prioridade do Congresso, porém, é atender aos seus redutos eleitorais, e não às áreas de maior demanda no país.
A Câmara reagiu prontamente à decisão do STF. Lira encaminhou duas PECs (propostas de emenda à Constituição) que visam a atuação do tribunal.
Um deles limita as decisões
relatórios individuais de ministros do STF – texto já aprovado no Senado e que ficou paralisado na Câmara. A outra PEC permite que as decisões do Supremo sejam derrubadas pelo Congresso Nacional.
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