SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os candidatos a prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (Psol) e José Luiz Datena (PSDB) decidiram não comparecer ao debate promovido pela Veja, nesta segunda-feira (19/8), após o desconforto de suas equipes com a postura de Pablo Marçal (PRTB) em debates anteriores.
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O debate contará inicialmente com Tabata Amaral (PSB) e Marçal.
O prefeito participará, paralelamente, de evento promovido pela Jovem Pan sobre segurança alimentar. Boulos fará gravações para o horário eleitoral. E Datena visitará empresas da zona leste.
Boulos e Nunes foram alvos do influenciador, que ataques distribuídos e notícias falsas nos dois eventos anteriores. Datena, por sua vez, já reavaliava sua participação na série de debates e audiências – sua equipe pretende fazer uma exibição comedida de sua imagem durante a campanha. O apresentador ainda admitiu ter tido desempenho abaixo do esperado no primeiro debate.
Logo após o último debate, na segunda-feira (8/12), as equipes de Nunes, Boulos, Tabata e Datena conversaram sobre estratégias para enquadrar Marçal e cogitaram se ausentar de alguns debates – a avaliação comum foi de que ele não estava seguindo as regras impostas pelos organizadores.
As equipes protestaram contra o que consideram um desrespeito aos acordos pré-debate, como a proibição de exibição de objetos e gravações privadas por assessores durante o programa.
Nesse debate, por exemplo, Marçal levou carteira de trabalho ao palco para mostrá-lo ao deputado do PSOL, que saiu com a imagem arranhada após tentar tirar o objeto das mãos do influenciador.
Boulos, um dos mais afetados pela postura agressiva de Marçal, disse no final de semana que avaliava a participação no evento desta segunda-feira. Reforçou a exigência de mais discussão das propostas, num ambiente “sem frescuras” e com respeito pelas regras.
A equipe de campanha do Psol vinha manifestando insatisfação com o fato de os dois debates anteriores terem se transformado em uma espécie de palanque para o tom populista do influenciador.
Na estreia de sua campanha de rua, o candidato do Psol disse, após ser questionado sobre os ataques de Marçal, que não iria “cair no jogo vil de quem quer fazer da eleição um vale-tudo de quem quer rolar”. na lama.”
A frente jurídica da campanha de Boulos reagiu e tomou medidas judiciais contra o que considera serem mentiras de Marçal sobre o deputado, como a afirmação de que ele era um “cheirador de pó” e outras associações vistas como difamatórias.
O Ministério Público Eleitoral pediu à Polícia Federal que investigasse o representante do PRTB por suspeita de espalhar notícias falsas contra o opositor apoiado por Lula (PT).
No fim de semana, Boulos conquistou vitórias contra o influenciador na área jurídica. A Justiça Eleitoral concedeu ao candidato do Psol o direito de resposta nas redes sociais de Marçal após seu adversário o associar, sem apresentar provas, ao consumo de drogas.
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