Moraes diz que TSE agiu no seu poder de polícia contra fake news

Moraes diz que TSE agiu no seu poder de polícia contra fake news



O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, nesta terça-feira (13/8), que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atuou “com seu poder de polícia” para produzir relatórios sobre atividades ilícitasdesinformação e discurso de ódio eleitoral.

As informações coletadas pela Justiça Eleitoral foram utilizadas para subsidiar inquéritos que investigam a disseminação de notícias falsas e a organização de milícias digitais para atacar instituições.

Reportagem publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo” afirma que Moraes utilizou meios não oficiais para solicitar ao TSE relatórios que foram utilizados nas investigações, que visam principalmente apoiadores e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O alvo das investigações também são parlamentares de Bolsonaro.

Os investigados são acusados ​​de publicar mensagens e discursos contra as urnas eletrônicas, atacar o sistema de votação, espalhar informações falsas e tentar incitar os militares contra o resultado eleitoral. Moraes teria utilizado aplicativos de mensagens para solicitar relatórios aos servidores da Justiça Eleitoral.

A Folha afirmou que teve acesso a 5 gigabytes de arquivos de mensagens trocadas entre Moraes, desembargadores e servidores entre agosto de 2022, período da campanha eleitoral, e maio de 2023. Em nota, o gabinete de Moraes afirmou que “no decorrer da campanha eleitoral Nas investigações do inquérito 4781 (Fake News) e do Inq 4878 (milícias digitais), em conformidade com o regulamento, foram feitas diversas determinações, requerimentos e solicitações a inúmeros órgãos, entre eles o Tribunal Superior Eleitoral, que, no exercício do poder de polícia, tem o poder de realizar relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discurso de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e ataques à democracia e às instituições”.

Durante a manifestação, o magistrado afirmou que não ocorreram irregularidades e que as reportagens reproduziram trechos de mensagens publicadas abertamente nas redes sociais. “As reportagens simplesmente descreviam as postagens ilícitas feitas nas redes sociais, de forma objetiva, pois estavam diretamente ligadas às investigações das milícias digitais.

Vários desses relatórios foram reunidos nessas investigações e em outras investigações relacionadas e enviados à Polícia Federal para dar continuidade às diligências necessárias, sempre com o conhecimento da Procuradoria-Geral da República.”

“Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com plena participação da Procuradoria-Geral da República”, completa o texto divulgado pelo Supremo.



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