Deputados divergem sobre regulamentação do Imposto sobre Bens e Serviços – Notícias

Deputados divergem sobre regulamentação do Imposto sobre Bens e Serviços – Notícias


13/08/2024 – 22:28

Mário Agra/Câmara dos Deputados

Hauly: proposta vai reorganizar as finanças das empresas

O relator do projeto de lei complementar que regulamenta o Comitê de Gestão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – IBS (PLP 108/24), deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), afirmou que buscou diminuir as polêmicas em seu parecer, ouvindo parlamentares, privados setor e o próprio governo. A principal reclamação, segundo ele, foi resolvida com a garantia da representação dos contribuintes na comissão para equilibrar as posições da Autoridade Tributária.

A criação de um conselho fiscalizador também criará um sistema de arrecadação que coordenará fiscais de municípios, estados e da União. “Eliminamos o medo de ter um fiscal de manhã, outro à tarde e outro à noite na mesma empresa. Isso evitará o esmagamento de fiscais das três entidades ao mesmo tempo”, afirmou.

Outro benefício aos contribuintes é a isenção do recolhimento do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD) para a previdência social VGBL com no mínimo cinco anos de aplicação. “Os ricos passaram muitos anos investindo em fundos e, quando chegaram aos 70 anos, migraram dos investimentos e foram para o VGBL na tentativa de evitar o pagamento do ITCMD”, explicou Benevides.

No caso do ITBI, o relator manteve o pagamento no cartório de imóveis, mas abriu a possibilidade de as prefeituras reduzirem a alíquota, caso o contribuinte pague antecipadamente.

Outras mudanças destacadas por substituir foram a representação de 30% de mulheres nas diretorias do Comitê Gestor e a criação de um comitê de harmonização para decidir sobre divergências entre o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) e o Comitê Gestor. “Isso deu muita segurança aos contribuintes”, destacou.

Nas discussões da proposta no Plenário, os deputados favoráveis ​​ao texto destacaram a modernização e simplificação do sistema tributário, enquanto a oposição alertou para os riscos de centralização do sistema, com prejuízos para estados, municípios e contribuintes.

O deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), que também integrou o grupo de trabalho do PLP 108/24, afirmou que a proposta vai reorganizar as finanças das empresas e acabar com a guerra fiscal entre estados e municípios. “Vai transformar a nossa economia de mercado, que é manipulada pelos incentivos fiscais e pela evasão fiscal”, espera. “Nunca mais o dinheiro dos impostos ficará retido na empresa. O dinheiro permanecerá nas nuvens do sistema bancário brasileiro e com um software de cobrança feito pelo governo federal. Será uma ferramenta poderosa para modernizar a concorrência”, observou Hauly.

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), espera que a aprovação da proposta ajude a economia a crescer. “Vamos dar condições para termos um país fiscalmente justo”, destacou.

Independência ou centralização
O deputado Hildo Rocha (MDB-MA) destacou que o Comitê Gestor terá independência e recursos garantidos dentro do Orçamento. “Receberá do acervo do IBS os recursos necessários para seu funcionamento e não estará vinculado a nenhum órgão”, observou.

Mário Agra/Câmara dos Deputados

Gilson Marques criticou o Comitê Gestor do IBS

O deputado Gilson Marques (Novo-SC), porém, criticou a criação de mais despesas com a criação do órgão. “O trabalhador vai pagar esse órgão que tem estratégias de como fazer o recolhimento obrigatório do trabalho alheio”, afirmou. “Eles usam truques para aumentar a estrutura e arrecadar mais dinheiro. Não há nada nesta comissão que garanta que esses impostos serão sequer devolvidos em qualquer tipo de serviço”, afirmou.

O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) estima que o Comitê Gestor movimentará cerca de R$ 4 trilhões em receitas. “Este é o fim do Federalismo, o fim do Congresso Nacional e da capacidade autônoma de decidir sobre os impostos locais. Estamos retirando o ajuste fino das políticas públicas e trazendo-as aqui para o paquiderme de uma autoridade central não eleita e totalmente equipada, que certamente só ganhará mais poder com o tempo”, alertou.

A deputada Julia Zanatta (PL-SC) também criticou a centralização das decisões no Comitê Gestor. “Vão tirar a pouca independência, a pouca autonomia que os nossos municípios e os nossos estados têm para fazer a sua política tributária e deixar nas mãos de um conselho que centraliza tudo. Já sabemos quem vai ganhar e quem vai perder são os mesmos estados que muitas vezes carregam o Brasil nos ombros”, afirmou.

Reportagem – Francisco Brandão
Montagem – Roberto Seabra



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