A maratona do Programa de Pagamento da Dívida do Estado (Propag) começa hoje no Senado, em Brasília. O projeto de lei complementar (PLP) apresentado pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tramita com urgência na Câmara e segue direto para o plenário para apreciação em primeiro turno. As unidades federativas endividadas, especialmente Minas Gerais, acompanham o início da jornada do plano na capital federal com ansiedade por uma aprovação rápida, mas os parlamentares que representam os estados com as contas em dia podem ser um obstáculo para avançar no ritmo que desejam.
Concebida como alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) na esteira da necessidade de começar a resolver a dívida bilionária de Minas Gerais com a União, a Propag visa estabelecer critérios pelos quais os estados consigam reduzir os juros cobrados sobre a dívida serviço. Atualmente, o índice é definido com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acrescido de 4% do valor devido.
A adesão à Propag permite uma redução progressiva dos juros. Caso o estado consiga federalizar ativos que reduzam até 20% do estoque da dívida, são retirados dois pontos percentuais da cobrança de parcelas. Outro ponto percentual pode ser retirado caso a economia obtida com a medida seja aplicada em investimentos do estado em áreas como saúde, educação e infraestrutura. Outro ponto percentual pode ser reduzido contribuindo para um fundo de equalização que atenda a todos os estados.
Os estados que aderirem ao Propag deverão refinanciar o total da dívida para pagamento em 30 anos. Minas, que tem cerca de R$ 165 bilhões negativos no saldo com a União, poderá ser um dos estados mais beneficiados pelo projeto. O otimismo vem tanto da oposição ao atual governo quanto de dentro da gestão de Romeu Zema (Novo), que adotou progressivamente a ideia de Pacheco em detrimento do MRR, visto como a única solução para a crise fiscal do estado nos seus primeiros cinco anos. no escritório.
Estados endividados
A dívida de R$ 165 bilhões coloca Minas Gerais como um dos principais interessados no processo Propag. Além disso, o prazo concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a suspensão da cobrança de parcelas de dívidas à União expira em 28 de agosto. Nesta data está marcada a agenda do tribunal para avaliar o mérito das medidas que ampliaram os efeitos da liminar que isenta pagamentos.
Mesmo estagnado, Minas Gerais não é o único estado interessado em aprovar projeto de refinanciamento de dívidas. Segundo o sistema do Tesouro Nacional, o cenário mineiro é o terceiro pior quando se avalia a relação entre receita e dívida, com comprometimento de 168% de sua arrecadação, em análise feita pelo EM em março deste ano.
A pior relação entre receita e dívida do país é a do Rio de Janeiro, com 188,41% de comprometimento; seguido pelo Rio Grande do Sul, com 185,4%. São Paulo aparece na quarta posição com o índice de 127,92%. Esses cinco estados formam o grupo daqueles com dívidas superiores aos valores arrecadados.
Alterações apresentadas
Cinco alterações foram apresentadas ao PLP 121/2024 em consulta realizada no site do Senado Federal até o início da noite de ontem. Uma delas, de autoria do senador Marcelo Castro (MDB/PI), quer aumentar a contribuição destinada ao Fundo de Equalização Federativa.
Um dos dispositivos presentes na Propag para reduzir os juros dos devedores, o fundo também foi pensado para acalmar tensões entre estados e evitar que unidades federativas com contas em dia se sintam prejudicadas ou reivindiquem favoritismo com a aprovação do projeto.
As outras quatro alterações foram propostas pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Interessado na renegociação da dívida, o Rio Grande do Sul está atualmente em fase de reconstrução após as enchentes que devastaram o estado em abril. Duas das propostas de acréscimo feitas pelo parlamentar visam justamente estabelecer condições extraordinárias em situações de calamidade pública e eventos climáticos extremos.
Relatado por Davi Alcolumbre (União-AP), a Propag começa a tramitar com urgência, pulando comissões e indo direto para o plenário. Para aprová-lo é necessária maioria simples nas duas casas do Congresso, obtendo pelo menos 41 votos no Senado e 257 na Câmara dos Deputados.
41
número de votos necessários para aprovar o projeto da dívida
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