Na última semana de convenções partidárias, os bastidores políticos de Belo Horizonte fervilham com a escolha de candidatos a vice-prefeito. Nesta segunda-feira (29/7), Carlos Viana (Podemos) confirmou Fred Aisc (Democracia Cristã) como seu companheiro de chapa. No sábado (27/7), o prefeito Fuad Noman (PSD), que busca a reeleição, anunciou o vereador Álvaro Damião (União Brasil) como seu vice.
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Viana e Aisc entram na corrida eleitoral com o apoio da Família Aro, liderada pelo secretário da Casa Civil, Marcelo Aro. A escolha de Fred Aisc, empresário de comunicação, foi feita pelo líder do grupo. Aisc já participou de três eleições e, em 2018, foi deputado federal suplente pelo Avante. Também disputou a Câmara Municipal de Ibirité, em 2004, e a de Belo Horizonte nas eleições de 2020. Apesar das tentativas, o empresário nunca ocupou cargo público.
Álvaro Damião adere à campanha de Fuad após acordo entre União Brasil e PSD, visando o tempo televisivo dos partidos. Inicialmente resistente ao posicionamento, o jornalista aceitou o convite após pressão do partido. Segundo ele, a resistência ocorreu porque preferia que a decisão fosse do prefeito Fuad, e não do partido. A união foi oficializada no sábado, durante a convenção União Brasil, mas já havia sido confirmada pelo Estado de Minas na quinta-feira (25/07).
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Além deles, Gabriel Azevedo (MDB), presidente da Câmara Municipal de BH e também pré-candidato, anunciou o ex-vice-governador Paulo Brant (PSB) como companheiro de chapa. O acordo encontrou resistência dos partidos nacionais, mas foi oficializado após articulações lideradas por Azevedo. Gabriel foi o primeiro pré-candidato a anunciar o vice-campeonato na prova PBH. Agora, busca conquistar o PSDB, que também avalia lançar o ex-deputado João Leite (PSDB) nas eleições.
Nos bastidores, diz-se que, caso João Leite concorra à PBH, sua vice-presidente será a pastora Márcia (Cidadania), indicada pelo partido que forma federação com o PSDB. Inicialmente, Leite não quis se candidatar a prefeito porque achou que não teria forças para concorrer. Porém, com o resultado das pesquisas eleitorais, ele se sentiu animado. A candidatura ainda não está 100% confirmada e o partido avalia se lança um nome próprio.
A esquerda, que até agora era considerada sindicalizada, pode ter duas candidaturas. Tanto Duda Salabert (PDT) quanto Rogério Correia (PT) não querem abrir mão de ser chefes da chapa. Duda deverá firmar parceria com o deputado federal Mário Heringer (PDT), presidente do partido em Minas Gerais. A informação foi negada pelo grupo de Duda, mas circula dentro do PDT. Correia, desejando ter Duda como vice, deverá indicar Bella Gonçalves (PSOL) para o cargo. Inicialmente pré-candidata, Bella desistiu para apoiar Correia e atualmente coordena sua campanha.
Bruno Engler (PL) ainda não decidiu qual será o seu substituto. Inicialmente, tentou negociar com Luísa Barreto (Novo) para obter o apoio do governador Romeu Zema (Novo), mas encontrou resistência. Também buscou uma aliança com João Leite, mas foi bloqueado pelo PSDB.
Mauro Tramonte (Republicanos) também estava de olho em Luisa Barreto. Porém, com a entrada de Alexandre Kalil na campanha, o acordo pode não ir adiante. Embora concorra ao vice, Barreto quer concorrer à chefia da chapa e insiste na ideia. Luísa tem dito que a insistência do partido em negociar com outros partidos se deve ao facto de ser mulher.
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