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A Editorial Sul
| 24 de julho de 2024
No documento, o promotor Paulo Gonet explica que a colaboração de Cid (foto) vai além das joias e pode gerar outros desdobramentos.
Foto: Ag. Câmara
No documento, o promotor Paulo Gonet explica que a colaboração de Cid (foto) vai além das joias e pode gerar outros desdobramentos. (Foto: Ag. Câmara)
A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se contrária, nesta quarta-feira (24), ao pedido feito pela defesa de Jair Bolsonaro (PL), que pedia acesso à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid e demais documentos relacionados. Joias sauditas à venda.
No documento, o promotor Paulo Gonet explica que a colaboração de Cid vai além da joalheria e pode gerar outros desdobramentos. “Existem outras investigações em curso, ainda não finalizadas, que também se baseiam nas declarações prestadas pela funcionária, o que reforça a inviabilidade do acesso pretendido nesta fase processual”, apontou em parte da decisão.
Afirmou ainda que Bolsonaro não tem direito de acesso às informações e que, de acordo com a legislação, a denúncia deve permanecer sigilosa até que seja formalizada uma denúncia ou queixa-crime. Isto é, até que a investigação seja concluída.
“Todos os elementos relevantes para as investigações realizadas nesta Petição já foram documentados e foram fornecidos à defesa do investigado. Caso haja outra investigação relacionada ao interessado, o pedido de acesso certamente será deferido nos respectivos autos, uma vez demonstrada a condição de investigado”, finaliza Gonet.
O pedido da defesa foi enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator no Supremo, no dia 10 de julho.
“Ressalte-se que o acesso solicitado deve ser irrestrito, visto que o disposto na súmula vinculante 14 apenas ressalte o acesso a provas que não tenham sido documentadas em procedimento investigativo, o que não se aplica ao presente caso, dadas as informações da mídia sobre o indiciamento e conclusão da investigação”, diz trecho do documento redigido pelos advogados.
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Procuradoria-Geral da República nega à defesa de Bolsonaro acesso à declaração do tenente-coronel Mauro Cid sobre joias sauditas
2024-07-24
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