Cortes orçamentários devem impactar discussão sobre as despesas de 2025 – Notícias

Cortes orçamentários devem impactar discussão sobre as despesas de 2025 – Notícias


24/07/2024 – 17h15

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Claudio Cajado: cortes não devem ser suficientes para garantir meta fiscal

Deputados da Comissão Mista de Orçamento (CMO) afirmam que o congelamento de despesas de R$ 15 bilhões anunciado pelo Executivo para o Orçamento de 2024 redireciona as discussões sobre o Orçamento de 2025, principalmente em relação às estimativas de despesas. O Executivo anunciou um déficit projetado de R$ 28,8 bilhões para as contas de 2024, mas informou que há expectativa de que isso seja revertido e que o déficit final seja inferior a R$ 10 bilhões.

Na próxima terça-feira (30), será anunciado onde haverá um congelamento de despesas de R$ 15 bilhões, necessário para garantir o cumprimento do limite de gastos e da meta fiscal.

O deputado Claudio Cajado (PP-BA), membro do CMO, disse que é preciso discutir se as despesas obrigatórias foram subestimadas no Orçamento de 2024 para que o mesmo não aconteça no próximo ano. Cajado acredita que os cortes não devem ser suficientes para garantir a meta fiscal.

“Esperávamos que fosse bem maior, R$ 32 bilhões, para termos certeza de que o resultado primário seria alcançado. Então, a nossa expectativa é que o governo faça novos contingenciamentos ao longo do ano”, afirmou.

Emendas parlamentares
Pela primeira vez este ano, as alterações parlamentares podem ser congeladas porque participam na contingência de R$ 3,8 bilhões definidos para garantir a meta fiscal.

O bloqueio de R$ 11,2 bilhões – necessário para cumprir o limite de gastos – não inclui alterações individuais e de bancada estadual porque são obrigatórias e não podem ser canceladas.

De qualquer forma, a execução de emendas parlamentares este ano já ultrapassou os 75% até 19 de julho.

Meta fiscal
A meta fiscal para o ano é equilibrar as contas, mas ela é considerada cumprida caso haja déficit de até R$ 28,8 bilhões ou superávit no mesmo valor.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, explicou que o défice poderá ser menor caso se confirmem algumas receitas esperadas e se sejam tomadas medidas para compensar as perdas com a isenção de contribuições para a segurança social em alguns sectores. Ele disse ainda que é normal encerrar o ano com despesas autorizadas e não executadas, e que isso gira em torno de R$ 20 bilhões.

O deputado Jonas Donizette (PSB-SP) destacou a necessidade de compensar a isenção. “Vamos esperar para ver qual será essa fonte para a reposição da receita. Foi acertado com o Executivo que a isenção da folha de pagamento seria mantida, mas que se buscaria uma fonte de receita para cobrir esse valor, que é importante no Orçamento”, destacou.

Déficit zero
Sobre as críticas de que o governo não almejaria mais o déficit zero, Rogério Ceron disse que a Constituição Federal determina a execução do Orçamento. Portanto, o governo estaria trabalhando dentro dos limites legais ao cortar agora apenas o necessário para garantir a meta.

Nota técnica da Consultoria Orçamentária do Senado vai na mesma direção ao relembrar o artigo 165 da Constituição, que estabelece o dever do governo de executar programas orçamentários. “É defensável o entendimento do Poder Executivo de realizar a contingência mínima, tomando como referência o limite inferior da faixa de metas, ao invés de realizar uma contingência maior, tomando como referência o seu centro”, diz a nota.

Ao mesmo tempo, a nota técnica afirma que, ao almejar o piso da meta, o governo perde a capacidade de “absorver variações imprevisíveis ao longo do restante do exercício”.

Saiba mais sobre o ciclo orçamentário federal

A nota lembra que, de fato, o déficit governamental para 2024 está projetado em R$ 61,4 bilhões e ainda mais se for considerado que a Lei Orçamentária previa superávit de R$ 9,1 bilhões. A redução para R$ 28,8 bilhões ocorre devido ao contingenciamento e desconto de despesas com créditos extraordinários para enfrentar os danos causados ​​pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

No caso do bloqueio orçamentário, foi necessário por causa do crescimento das despesas obrigatórias, principalmente BPC e benefícios previdenciários.

Rogério Ceron destacou que, mesmo com esse aumento e créditos extraordinários, as despesas do governo equivalem a 19,4% do PIBnível semelhante ao observado nos últimos dez anos.

Em suas redes sociais, o deputado Merlong Solano (PT-PI) criticou os agentes econômicos que já pressionavam pelo fim da vinculação da previdência e do BPC ao salário mínimo como forma de diminuir o problema fiscal.

“Curiosamente, as mesmas pessoas que querem ferrar os aposentados não criticam as isenções fiscais, que os beneficiam com 4% do PIB, e muito menos criticam as altas taxas de juros que transportam 7% do PIB do Brasil para os banqueiros, na forma de juros pagamentos da dívida pública”, disse ele.

A Comissão Mista de Orçamento deve votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (EU FAÇO) a partir de 2025 (PLN 24/03) no próximo mês. O projeto de Lei Orçamentária (LOA) no próximo ano deve chegar ao Congresso até 31 de agosto.

Relatório – Silvia Mugnatto
Edição – Ana Chalub



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