TSE rebate Maduro: ‘Urna brasileira é totalmente auditável’

TSE rebate Maduro: ‘Urna brasileira é totalmente auditável’



FOLHAPRESS – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou, nesta quarta-feira (24/7), que a urna é “totalmente auditável”. A manifestação da corte ocorre depois que o ditador venezuelano Nicolás Maduro questionou os sistemas eleitorais do Brasil, dos Estados Unidos e da Colômbia em um comício na noite de terça-feira (23/7). Afirmou, sem provas, que as eleições nos países não são auditadas.

A eleição venezuelana acontece no próximo domingo (28/7) em meio a um cenário de pressão sobre Maduro. As pesquisas mostram o candidato da oposição, Edmundo González, com até 60% das intenções de voto.

Questionado pela reportagem sobre a declaração de Maduro, o TSE respondeu: “O Boletim de Voto (BU) é um relatório totalmente auditável”. O tribunal também enviou três textos para corroborar a afirmação.

Em uma delas, ele rebate um vídeo que circula nas redes que defendia o voto impresso como única forma segura de contagem de votos. Sob o título “é falso que urna eletrônica não permita recontagem de votos”, o TSE declara que a urna já imprime a Urna (BU) após a votação, relatório com todos os votos inseridos no aparelho.

O documento fica afixado na porta do local de votação para consulta dos eleitores, que poderão compará-lo com o que for publicado posteriormente no TSE.

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O tribunal enviará dois técnicos para acompanhar as eleições na Venezuela, e Lula também determinou a ida do assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim.

No comício de terça-feira, Maduro disse que a Venezuela tem “o melhor sistema eleitoral do mundo”. Segundo ele, são feitas 16 auditorias, uma delas em tempo real, em 54% das urnas.

“Onde mais no mundo eles fazem isso? Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral é auditável? No Brasil? Eles não auditam nenhuma cédula. Na Colômbia? Eles não auditam nenhuma cédula”, declarou o ditador ao seu apoiadores.

Falando anonimamente, um assessor do chanceler Mauro Vieira procurou minimizar o discurso e disse que se tratava de uma declaração de campanha, para se defender das acusações de que o sistema eleitoral de seu país não era seguro. Para ele, se fosse um ataque mais direcionado ao Brasil, Maduro não mencionaria outros países, como fez.

O ataque ao sistema eleitoral brasileiro ocorreu um dia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que está assustado com as declarações venezuelanas sobre um “banho de sangue” caso seja derrotado nas eleições de domingo.

“Fiquei assustado com as declarações […]. Quem perde as eleições recebe uma chuva de votos, não de sangue”, disse Lula. “Maduro tem que aprender: quando você ganha, você fica. Quando você perde, você vai embora e se prepara para disputar outra eleição.”

Maduro respondeu ao presidente brasileiro, embora não o tenha mencionado diretamente. “Eu não menti. Apenas refleti. Quem estava com medo deveria tomar chá de camomila”, disse. “Na Venezuela, a paz, o poder popular, a perfeita união cívico-militar-polícia triunfarão”.



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