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A Editorial Sul
| 22 de julho de 2024
O Presidente disse que ele e o Ministro das Finanças ainda terão de chegar a acordo sobre o nome. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que ele e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda precisam chegar a um acordo sobre o nome do novo presidente do Banco Central, enquanto os investidores avaliam se a mudança pode influenciar a política monetária do país.
Lula disse a repórteres em Brasília na segunda-feira que espera escolher um candidato que seja tecnicamente competente, além de honesto e sério. O indicado deve demonstrar autonomia tanto em termos de comportamento quanto de respeito, disse Lula, ao mesmo tempo em que reforçou suas preocupações com o crescimento econômico.
“Estamos trabalhando para reduzir a taxa de juros, pois o maior impedimento para um crescimento mais vigoroso no Brasil é a taxa de juros mais cara do mundo”, disse Lula. “Daí a relevância da nossa seriedade na questão fiscal, mas a relevância do Banco Central pensar um pouco neste país e não apenas no seu papel dentro do Banco Central.”
O petista disse que é importante ajudar a economia a crescer e redistribuir a riqueza, além de controlar a inflação. “Minha responsabilidade pela inflação é maior do que a de qualquer cidadão que você possa imaginar no mundo”, disse Lula.
Segundo a Reuters, o presidente afirmou que “sempre que precisarmos bloquear, bloquearemos”, em referência à necessidade de congelar despesas quando necessário. “O mesmo dinheiro que você precisa cortar agora, pode não precisar cortar em dois meses, depende da receita”, informou a agência.
O Chefe do Executivo afirmou ainda que, se gastar mais do que ganha, o país “vai à falência”.
Taxa Selic
Os investidores ainda precificam um aumento da Selic este ano em meio à incerteza sobre a política monetária no Brasil, visto que o mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, terminará no final do ano. Lula, que defendeu juros mais baixos para impulsionar o crescimento, escolherá um novo presidente do BC e também mais dois diretores —o que significa que o Copom passará a ter a maioria dos membros indicados por ele.
A expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC mantenha a taxa de juros estável em 10,5% na próxima semana, pela segunda reunião consecutiva. Os economistas aumentaram as estimativas para a inflação em 2024 para 4,05%, acima da meta de 3%, segundo pesquisa Focus publicada pelo BC nesta segunda-feira.
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Lula diz que ainda decidirá nome do novo presidente do Banco Central
2024-07-22
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