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A Editorial Sul
| 20 de julho de 2024
O presidente participou de reunião nesta sexta-feira, em São Paulo. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ouviu de representantes dos movimentos sociais uma demanda por mais diálogo entre o governo e a sociedade civil. Lula participou nesta sexta-feira, em São Paulo, de reunião com lideranças das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem cerca de 70 entidades. Foi a primeira reunião com os grupos desde que o petista assumiu o terceiro mandato como presidente —há mais de um ano e meio.
A reunião, realizada a portas fechadas, durou quase três horas. O presidente deixou o local sem falar com a imprensa. Participaram da conversa os ministros Fernando Haddad (Finança), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), além da presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). Entre os representantes dos movimentos sociais estavam membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e dos dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MET), João Pedro Stédile e João Paulo Rodrigues.
Rodrigues afirmou que os grupos solicitaram mais duas reuniões com o presidente ainda este ano, além de estarem abertos a promover reuniões temáticas diretamente com os ministros. Segundo ele, Lula apresentou explicações sobre as dificuldades de entrega do governo, mas se mostrou “super otimista” e estava “de bom humor”.
“Esse grupo de organizações participou muito ativamente da luta em defesa da presidente Dilma, no “Fora Temer”, no “Fora Bolsonaro”, no “Lula Livre”, e claro, em todo o processo eleitoral. É mais do que justo, num momento como este, nos reunirmos com o presidente. É verdade que demorou um pouco para esse encontro. Por questões de agendamento não foi possível”, declarou Rodrigues.
O ministro Márcio Macêdo afirmou que a conversa serviu para discutir o cenário político do país, e que o contingenciamento de R$ 15 bilhões anunciado esta semana pela equipe econômica não estava em pauta. O ministro, porém, disse que Lula está empenhado em manter a austeridade fiscal sem abrir mão dos investimentos em políticas públicas.
“O presidente informou aos movimentos que seu governo terá austeridade fiscal, responsabilidade com os gastos, controle da inflação e investimento em programas sociais e políticas públicas. Não há contradição entre controlar a economia, controlar a inflação e investir em políticas públicas”, declarou.
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Lula é chamado a mais diálogo após primeiro encontro com movimentos sociais
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