Atenção: este texto contém spoilers do filme Torcidosexibindo nos cinemas
Lançado em 1996, Torcido chegou aos cinemas com um enredo digno de ficção científica: na história original — que recebeu um remake atualizado, Torcidos (agora no plural), lançado nos cinemas na última quinta-feira, 11, —uma trupe liderada pelos personagens de Helen Hunt e Bill Paxton tinha como objetivo desenvolver um sistema de alerta meteorológico mais eficiente, dando às pessoas tempo para escapar de tempestades e furacões. Para isso, tomaram uma decisão arriscada — para não dizer maluca —: em vez de fugir do tornado, correram atrás dele, a fim de captar o máximo de informações possível sobre o fenômeno. Mas a ideia maluca não surgiu do nada: foi inspirada no trabalho de cientistas do Laboratório Nacional de Tempestades Severas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, os “caçadores de furacões” da vida real.
Dirigido por Lee Isaac Chun, Torcidos é estrelado por Daisy Edgar-Jones e Glen Powell e traz algumas verdades e outras criações apoiadas na licença poética da ficção. Confira:
O que é verdade em Torcidos
De fato, existem caçadores de tornados como no filme. Uma equipe de especialistas do Laboratório Nacional de Tempestades Severas (Laboratório Nacional de Tempestades Severas dos Estados Unidos) estuda fenômenos há décadas para criar alertas cada vez mais sofisticados para prevenir tragédias. A instituição está localizada dentro do National Weather Center (NWC), em Norman, no estado de Oklahoma — região frequentemente afetada por tornados.
Como mostra o filme dirigido por Lee Isaac Chung, que consultou renomados especialistas no assunto, o aquecimento global está, na verdade, provocando um aumento no tamanho e na duração dos tornados, que serão cada vez mais perigosos para a humanidade.
Chamados de Dorothy na ficção, os artefatos usados para escanear tornados por dentro são inspirados em tecnologia real. Criado na década de 1970, o Laboratório Nacional de Tempestades Severas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos surgiu com o objetivo de coletar dados meteorológicos do interior de um tornado. Para isso, os pesquisadores criaram o Observatório Totable Tornado (Toto). Nomeado em homenagem ao cachorrinho de Dorothy no filme O feiticeiro de Oz – que voa com ela para outro mundo durante um tornado –, o equipamento era uma espécie equipada com sensores meteorológicos que captariam informações de dentro da tempestade. Para usá-lo, você tinha que colocá-lo na traseira de um caminhão e sai em busca do furacão, assim como no filme.
O que é uma mentira Torcidos
O filme inventa criativamente uma fórmula química para desintegrar um tornado por dentro. Apesar do notável heroísmo e final feliz da protagonista Kate (Daisy Edgar-Jones), na vida real ainda não foi encontrada uma solução para os assustadores ciclones gigantescos.
Outra ferramenta interessante inventada foi a âncora do caminhão de Tyler (Glenn Powell), que fixa o veículo ao solo, possibilitando ficar dentro do tornado e até soltar fogos de artifício. Com ventos que podem ultrapassar os 400 quilômetros por hora de velocidade — e chegar a 511 km/h no caso de magnitude F5, a mais catastrófica, seria difícil para uma caminhonete ter tempo suficiente para chegar ao centro de um ciclone — mas pelo menos é. É divertido imaginar essa possibilidade.
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