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A Editorial Sul
| 14 de julho de 2024
Bolsonaro também lembrou do ataque que ele mesmo sofreu.
Foto: Embaixada dos EUA no Brasil
Bolsonaro também lembrou do ataque que ele mesmo sofreu. (Foto: Divulgação/Embaixada dos EUA no Brasil)
O ex-presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (14), em evento em São Paulo, que “só os conservadores sofrem ataques”. “Os ataques são contra pessoas boas e conservadoras”, disse Bolsonaro, referindo-se ao ataque ao ex-presidente americano Donald Trump, de quem é aliado.
No entanto, a declaração ignora ataques contra políticos de outros espectros ideológicos. No Brasil, em 2018, a vereadora Marielle Franco, do PSOL, foi assassinada com três tiros na cabeça e um no pescoço enquanto voltava de carro para sua casa, no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Ela também desconsidera o assassinato do presidente John F. Kennedy, baleado por um homem armado com um rifle durante uma visita a Dallas, nos Estados Unidos. Kennedy está entre os quatro presidentes dos Estados Unidos mortos por ataques durante o mandato, além de um presidente e um ex-presidente feridos por tiros.
Bolsonaro também lembrou do ataque que ele mesmo sofreu. “Ele [Trump] foi salvo, como eu fui. Os médicos dizem que foi um milagre eu ter sobrevivido em 2018, considerando a gravidade dos meus ferimentos. Ele foi salvo por poucos centímetros. Isso, na minha opinião, é algo que vem de cima”, acrescentou o ex-presidente. Bolsonaro se recusou a responder se falou com Trump após o ataque.
O ex-presidente participou neste domingo do lançamento da pré-candidatura da vereadora Sonaira Fernandes (PL). Também estiveram presentes a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas. O evento aconteceu na sede da Igreja Renascer em Cristo, em São Paulo, e reuniu cerca de 2 mil pessoas, segundo a organização.
Após o ocorrido, em entrevista ao Estadão, Bolsonaro também afirmou que “não está nem um pouco preocupado” com o indiciamento da Polícia Federal no caso das joias. “Basta ler a lei, os decretos e as portarias. Os presentes que recebi são meus”, sustentou o ex-agente.
No entanto, a Secretaria-Geral da Presidência da República de Bolsonaro revogou, em novembro de 2021, a portaria publicada no governo Michel Temer que definia joias, semijoias e bijuterias como itens de caráter personalíssimo. Em 2023, o Tribunal de Contas da União (TCU) notificou a Secretaria-Geral da Presidência da República sobre a necessidade de ex-ministros de Bolsonaro devolverem relógios de luxo recebidos durante viagem oficial a Doha, no Catar, em 2019. Relator Durante o processo, Ministro Antonio Anastasia afirmou que receber presentes caros vai além dos “princípios públicos de razoabilidade e moralidade”, previstos na Constituição.
Ainda na entrevista, Bolsonaro sinalizou que manterá a pré-candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem (PL) a prefeito do Rio de Janeiro, mesmo após a PF encontrar o áudio de uma reunião em que participaram Bolsonaro, Ramagem e o general Augusto Heleno ( então chefe do Gabinete de Segurança Institucional) discutem um plano para blindar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na investigação dividida. “Estarei com ele (Ramagem) quinta, sexta e sábado”, declarou.
Orações para Trump
Michelle foi a primeira a falar na cerimónia de lançamento da pré-candidatura. Em tom de pregação, ela disse ao público que “fomos negligentes, como cristãos, ao dizer que a religião não poderia se misturar com a política e, por conta disso, o mal tomou conta”. Sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-primeira-dama disse aos fiéis que “o mal governa”. Michelle pediu orações a Trump.
Ao lado de Tarcísio, Bolsonaro voltou a questionar o resultado da última eleição, apesar de dizer que é uma “página virada” e que não está “obcecado pelo poder”. O ex-presidente não mencionou Trump diretamente durante seu próprio discurso, mas voltou a falar sobre o ataque que ele próprio sofreu em 2018. Aliados do ex-presidente atribuíram o ataque contra o ex-presidente americano a políticos de esquerda e compararam o episódio a o esfaqueamento que atingiu Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018 e levou à prisão de Adélio Bispo, autor do ataque.
Os filhos de Bolsonaro
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, foi um dos que se manifestou nas redes sociais. “Ainda há quem pense que a diferença entre direita e esquerda é apenas política. Saibam que se pudessem, dariam uma bala na cabeça de cada adversário, só precisam da oportunidade para fazer isso”, escreveu o parlamentar no “X” (antigo Twitter).
Jair Renan (PL-SC), também filho de Bolsonaro, publicou em seu Instagram uma montagem com uma foto de Bolsonaro no momento do esfaqueamento e a de Trump quando foi atingido de raspão durante o comício na Pensilvânia. “E a história se repete. Se não conseguem vencer, tentam matar. Trump vai voltar”, disse o filho mais novo de Bolsonaro.
De volta para todo o mundo
“Só conservadores sofrem ataques”, diz Bolsonaro após ataque contra Trump
14/07/2024
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