09/07/2024 – 17:56
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Luiz Gastão: discussões passam para a área política
Os deputados que compõem o Grupo de Trabalho do PLP 68/24, que trata da Lei Geral do IBS, CBS e Imposto Seletivo, afirmaram que o esforço nas negociações com as bancadas é para manter a alíquota básica de 26,5%. Esta taxa de referência aplica-se a bens e serviços que não beneficiam de qualquer tipo de tratamento diferenciado.
Integrantes do GT participaram da reunião de líderes partidários com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participou do encontro. A ideia é que a votação do projeto no Plenário comece amanhã, a partir das 10h. Os parlamentares se reunirão nesta terça-feira com as bancadas para apresentar a proposta e aceitar possíveis sugestões para o texto.
O deputado Luiz Gastão (PSD-CE) reforçou que o objetivo não é aumentar a taxa referencial, mas disse que as discussões a partir de agora saem da parte técnica e passam para a área política. “Agora as discussões estão sendo feitas no âmbito político e temos que entender que não há mais [a ideia] proporcionar um benefício a um setor que não afete a taxa de imposto como um todo. Qualquer ação a ser tomada terá impacto”, afirmou.
O deputado Claudio Cajado (PP-BA) destacou que é possível abrir espaço para que algum setor se beneficie da reforma, como a inclusão de proteínas na cesta básica, mas esse espaço precisa ser discutido pelos deputados. Cajado afirmou que é possível que o número de alterações Isso é destaques ser o menor possível para que o texto possa ser tramitado no Plenário com mais rapidez.
“Se o texto for aceito, essa reforma vai resultar num melhor desempenho da economia e num aumento de até 2% no
Bruno Spada/Câmara dos Deputados Benevides: inclusão de armas no ‘imposto do pecado’ será decidida pelo Plenário
O deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE) afirmou que a inclusão de armas no Imposto Seletivo é uma questão que saiu da esfera técnica e foi para a área política. E essa discussão será resolvida em Plenário.
Os sectores de armas e munições pressionaram para que fossem retirados do Imposto Seletivo, o que poderia fazê-los pagar menos impostos. O IS (Imposto Seletivo), conhecido como “imposto do pecado”, foi criado pela PEC da reforma tributária para tributar produtos com potencial de prejudicar a saúde e o meio ambiente, como alimentos ultraprocessados, bebidas açucaradas e automóveis.
“Se a alíquota vai aumentar ou não, tem que haver uma base dos 513 deputados. A questão das armas é uma discussão que saiu da área técnica e foi para a área política: quem é mais de direita acha que não deveria haver [Imposto Seletivo] e outros pensam que não deveria fazer parte da vida quotidiana das pessoas e, portanto, deveria estar sujeito a impostos. Isso será resolvido no Plenário”, afirmou Benevides Filho.
Dinheiro de volta
O deputado Ivan Valente (Psol-SP) defendeu a garantia da arrecadação progressiva, ou seja, que quem ganha mais pague mais impostos. A bancada do Psol, segundo ele, vai propor uma alteração para aumentar o cashback dos atuais 20% propostos no texto para 50% para quem está no CadÚnico. O CadÚnico é um instrumento de coleta de dados e informações que visa identificar todas as famílias de baixa renda.
“Isso reduz o imposto para quem é pobre no CadÚnico, isso fala para a sociedade, o resto são setores querendo benefícios, estamos do lado de quem precisa. Agora, os lobbies são muito poderosos”, disse ele.
Higiene íntima
A secretária da Mulher da Câmara, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), afirmou que é importante garantir que os produtos de higiene íntima feminina sejam beneficiados com tributação zero.
“Estamos discutindo e vamos saber se o Plenário vai aceitar ou não. Tudo vai para o Plenário amanhã”, disse ela.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Montagem – Roberto Seabra
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