09/07/2024 – 14h38
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Simone Tebet, Ministra do Planejamento
A audiência que ouviria a ministra do Planejamento, Simone Tebet, nesta quarta-feira (10), foi cancelada e ainda não foi remarcada. Ela viria debater o projeto de integração dos países sul-americanos, a gestão de precatórios e outras prioridades do departamento.
A audiência seria promovida pelos comitês de Desenvolvimento Econômico; Inspeção e Controle Financeiro; de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional; das Relações Exteriores e da Defesa Nacional.
O convite ao ministro foi solicitado pelos deputados Evair Vieira de Melo (PP-ES), Joseildo Ramos (PT-BA), Danilo Forte (União-CE), Padovani (União-PR) e Fernando Monteiro (PP-PE).
Integração latino-americana
Um dos temas que serão discutidos com Simone Tebet é a integração com os países sul-americanos. O governo mapeou 9 mil projetos no âmbito do Novo PAC, identificando 100 projetos com potencial de integração e desenvolvimento regional.
“Colocados no mapa, esses projetos deram origem a cinco rotas de integração: Ilha das Guianas, Manta-Manaus, Quadrante Rondon, Capricórnio e Pampa”, detalha Danilo Forte.
O governo também estudou a produção e o comércio exterior nos 11 estados brasileiros que possuem regiões fronteiriças para identificar desafios e potencialidades dessas rotas.
“Juntos, os 11 estados exportam US$ 122 bilhões, representando respectivamente 36% das exportações brasileiras. Os países sul-americanos, por sua vez, absorvem menos de 20% das vendas externas do país”, compara o deputado.
“[A criação das cinco rotas] pode incentivar o comércio nacional com os países sul-americanos e reduzir significativamente o tempo e o custo do transporte de mercadorias para a Ásia através do Oceano Pacífico”, acrescenta Joseildo Ramos.
Padovani e Fernando Monteiro reforçam que a iniciativa terá impactos claros no fluxo de produtos brasileiros pelo Pacífico.
Precatórios
Simone Tebet também deverá ser questionada sobre as denúncias do ex-candidato presidencial Ciro Gomes sobre o pagamento de ordens judiciais.
“[Segundo Ciro]a política de gestão desses precatórios no Governo Lula é caracterizada pela venda antecipada dos referidos títulos, com descontos que variam entre 30% e 40%, resultando em benefício exclusivo a dois bancos”, afirma Evair Vieira de Melo.
“Se confirmadas, tais práticas não só demonstram um absoluto desrespeito pela
responsabilidade fiscal, mas também constituem uma violação direta dos fundamentos da administração pública, incluindo a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência”, acrescenta o deputado.
Do Editor – ND
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