07/03/2024 – 19h06
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Luiz Gastão: “Fizemos muitos trabalhos de melhoria”
O Grupo de Trabalho de Regulação da Reforma Tributária (PLP 68/24) informou que o texto finalizado é muito diferente do projeto enviado originalmente pelo Executivo. A votação do projeto deverá ocorrer na próxima semana, após acordo alcançado em reunião que durou quase um dia inteiro na residência oficial do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).
Ao sair da reunião, o deputado Luiz Gastão (PSD-CE), integrante do grupo, disse que poderá haver alterações inclusive na alíquota referencial da nova tributação, que poderá ser inferior à estimativa inicial de 26,5%. “Talvez até diminua um pouco com as modificações e melhorias. Todos vocês verão que o texto que foi enviado à Câmara é muito diferente do texto que apresentaremos amanhã e acreditamos que melhoramos muito.”
A alíquota de 26,5% seria a soma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o IBS dos estados e municípios; e a Contribuição sobre Bens e Serviços, CBS federal. Vários setores, porém, terão descontos na taxa referencial ou isenção, como é o caso da cesta básica. Os novos impostos substituirão IPI, PIS, Cofins, ICMS Isso é ISS. Será também criado um Imposto Seletivo para sobretaxar produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.
Os deputados do grupo de trabalho não quiseram adiantar pontos do texto que será divulgado nesta quinta-feira (4), em coletiva de imprensa, às 10h, no plenário 2.
Segundo eles, as bancadas partidárias ainda vão analisar tudo para sugerir possíveis mudanças, conforme explica o deputado Joaquim Passarinho (PL-PA). “Um partido como o meu, com quase 100 deputados, tem sempre posições diferentes. E vamos ouvi-los também. Mas temos convicção de que conseguiremos sair com um bom texto para ser aprovado.”
O deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE) disse, porém, que o acordo não prevê tramitação diferente do projeto no Plenário a partir da próxima semana. “Todos os procedimentos normais da casa serão seguidos. A alteração é uma coisa natural. Não há possibilidade regulatória de não haver alteração”.
A expectativa é que o outro grupo de trabalho criado para analisar o projeto que regulamenta o Comitê Gestor do IBS (PLP 108/24) também entregue seu relatório nos próximos dias. Mas a votação, segundo Arthur Lira, pode ser adiada após o recesso parlamentar.
Relatório – Silvia Mugnatto
Edição – Georgia Moraes
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