FOLHAPRESS – O presidente Lula (PT) disse, nesta quarta-feira (3/7), que gasta quando precisa e não joga dinheiro fora. Ele também afirmou que a responsabilidade fiscal é um compromisso.
O discurso ocorre em meio à preocupação dos investidores com a capacidade do governo de cortar gastos para conter o aumento da dívida pública, um dos fatores que tem levado à alta do dólar.
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“Se conseguirem, no próximo ano haverá mais, e tendo mais, produziremos mais, as pessoas comerão mais e teremos uma política económica sem causar surpresas a ninguém. [vai] para fazer esse país crescer, ele continuará transferindo renda e ao mesmo tempo continuará com a responsabilidade que sempre tivemos”, disse Lula, em discurso no lançamento do Plano Safra Agrícola Familiar.
“Aqui neste governo investimos o dinheiro necessário, gastamos em educação e saúde quando necessário, mas não jogamos dinheiro fora. Responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso deste governo desde 2003 e vamos cumpri-lo ao pé da letra” , ele adicionou.
Lula surge na sequência de declarações criticando os juros e a atuação do Banco Central.
Nos últimos dias, a cotação do dólar aumentou devido à incerteza dos agentes de mercado em relação à trajetória fiscal do Brasil. A preocupação é com o risco desse movimento repercutir na economia real, encarecendo os produtos e levando o BC a precisar aumentar os juros básicos, atualmente em 10,50% ao ano, para conter a inflação.
As declarações impactam negativamente o mercado e, por isso, preocupam os auxiliares. Defendem moderação nos discursos do petista para evitar um agravamento ainda maior da situação econômica.
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Reunião
Pela manhã, no Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo se reuniu com Haddad. À tarde, ele se reunirá com ministros da Economia para discutir medidas de redução de custos.
A reunião desta quarta-feira contará com a presença de membros do JEO, formado por Haddad, Tebet, Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão e Inovação).
A declaração de Lula desta quarta-feira foi dada durante cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025, no Palácio do Planalto. À tarde, acontecerá um evento do Plano Safra voltado para grandes produtores do agronegócio.
O evento contou com a participação de movimentos sociais, que também realizaram uma feira na Praça dos Três Poderes.
Lula falou sobre a importância de ampliar a produção de alimentos no país, para que não faltem produtos na mesa dos brasileiros e a inflação esteja controlada.
“Se fizermos isso, comprar uma máquina, produzir mais leite, queijo, plantar mais tomate, pepino, chuchu, não vai ter inflação de alimentos, gente”, afirmou.
Lula já fez declarações públicas contra mudanças na política de aumento do salário mínimo (que impacta a Previdência Social) e a dissociação entre benefícios sociais e salário mínimo nacional. Ele também descartou limitar o crescimento dos mínimos na Saúde e na Educação. Estas são precisamente algumas das maiores componentes do Orçamento.
Após apostar em um ajuste fiscal focado na receita, o ministro Fernando Haddad (Finanças) também passou a defender medidas do lado das despesas. Mas esta opção foi posta em causa depois de Lula ter dito na semana passada que primeiro precisava de “saber se precisa efectivamente cortar” despesas.
Integrantes do Ministério da Fazenda ficaram apreensivos com as declarações do chefe do Executivo e preveem desafios para Haddad e a ministra Simone Tebet convencerem o presidente da necessidade dos cortes.
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