Debatedores destacam importância de atletas participarem das decisões de entidades esportivas – Notícias

03/07/2024 – 10h10

Os debatedores destacaram, nesta terça-feira (2), a importância dos atletas participarem ativamente das decisões das entidades esportivas. O tema foi discutido, na Câmara dos Deputados, pela Comissão de Esportes a pedido dos deputados Luiz Lima (PL-RJ) e Mauricio do Vôlei (PL-MG).

O presidente da comissão de atletas do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Fabiano Peçanha, explicou que o colegiado tem 25 membros, foi eleito pela primeira vez em 2009 e funciona como porta-voz dos atletas no COB.

“Do total de associados, 21 são atletas que representaram o país em pelo menos uma das duas últimas edições dos Jogos Olímpicos. Desses 21, 19 têm assento na assembleia do COB, o que representa 1/3 dos votos”, informou. “Os outros 4, para completar o time de 25 integrantes, são atletas que participaram de edições mais antigas dos Jogos. Esse foi um pedido da nossa comissão para reconhecer a importância dos grandes nomes do esporte nacional”, completou.

Luiz Lima e Maurício do Vôlei lembraram que o Lei 13.756/18 garantiu o direito de que 1/3 dos votos nos colégios eleitorais das confederações desportivas fossem atribuídos aos atletas. Cinco anos depois, o Lei Geral Desportiva manteve este dispositivo.

Fabiano Peçanha afirmou ainda que, embora não possam votar na assembleia do COB, atletas veteranos contribuem com suas opiniões, como é o caso da ex-jogadora de basquete Hortência.

A comissão de atletas, disse Peçanha, está em processo eleitoral. Termina esta semana o prazo para inscrições de atletas que participaram dos Jogos Olímpicos até Tóquio 2020. Para os participantes das Olimpíadas Paris 2024, o prazo de inscrição será de 22 a 24 de julho.

Independência
Luiz Lima, que presidiu a reunião, questionou o presidente da comissão do COB sobre o pagamento dos atletas, o que, segundo o deputado, poderia prejudicar sua independência como deputados.

Fabiano Peçanha respondeu que todos os 25 membros têm direito à remuneração, paga pelo Comitê Olímpico, por reunião, mas com limite de até duas reuniões por mês. No ano passado, foram 33 reuniões no total.

“A comissão é independente, com uma personalidade, eu diria, muito forte em seguir o que é justo e seguir o que acha correto”, comentou.

Confederações
Dezenas de presidentes de comissões de atletas de confederações esportivas participaram da audiência pública. O integrante da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Cleiton Cezário Abrão, afirmou que, em sua comissão, há intensa participação de atletas associados. “Somos 9: atualmente, 4 homens e 5 mulheres. Buscamos trazer a perspectiva desse esportista para a gestão”, declarou.

Outro exemplo é o comitê de atletas da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), com 3 mulheres e 3 homens. Há também 1/3 dos atletas paraolímpicos. O colegiado funciona como órgão de assessoramento da confederação, segundo o presidente da comissão, Gustavo Kenzo. “Nosso papel é usar nossa experiência como atletas para propor melhorias.”

São 15 atletas na comissão de atletas da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD), segundo a presidente da comissão, Valéria Rodrigues dos Santos. São 3 membros de cada região do Brasil, para manter a representação nacional, e 30% das vagas são para mulheres.

Da Rádio Câmara – MO