‘My Lady Jane’: a trágica história real da rainha inglesa injustiçada

‘My Lady Jane’: a trágica história real da rainha inglesa injustiçada


Em julho de 1553, o então rei da Inglaterra, Eduardo VI (1537-1553), morreu adolescente, sem herdeiros. Com a saúde debilitada, o monarca nomeou como sua sucessora, em detrimento de suas meias-irmãs, Elizabeth (1533-1603) e Mary Tudor (1516-1558), sua prima Jane Gray (1537-1554) — a inglesa que inspira o protagonista da série Minha senhora Jane, lançado recentemente no Prime Video da Amazon. Na trama ficcional, Jane é uma garota determinada, que se apaixona pelo marido que inicialmente foi empurrado garganta abaixo pela mãe e luta pelo trono inglês em uma história alternativa da dinastia Tudor — que inclui ametamorfos alternando entre humanos e forma animal. Na vida real, porém, a vida de Lady Jane foi muito diferente, muito mais curta e mais trágica.

Quem foi Lady Jane?

Considerada uma das mulheres mais cultas de seu tempo, Jane — apelido de Joana — era prima em segundo grau de Eduardo VI, e foi escolhida por ele, diante de sua morte iminente, como sucessora ao trono, passando para trás Elizabeth e Mary Tudor, meias-irmãs do monarca.

Com a morte da prima, Jane foi coroada, mas não durou no trono: seu reinado durou míseros nove dias — o que lhe valeu o apelido de “Rainha dos Nove Dias” — quando acabou deposta pela católica Maria Tudor (1516-1558) e seus apoiadores. Meses depois, a jovem de 17 anos foi declarada traidora e decapitada, enquanto a rainha Maria I reinou até sua morte, aos 42 anos, e foi substituída por sua meia-irmã, Elizabeth I.

Para piorar o seu trágico destino, a jovem inglesa serviu apenas como peão no jogo de poder dos Tudors e acabou praticamente esquecida pela História: nem sequer é listada entre os monarcas oficiais ingleses, e Maria I é oficialmente considerada a primeira mulher a assumir o trono do país – mesmo com o curto período de seu antecessor no poder.

Lady Jane: retrato da “donzela em perigo”: passagem curta e trágica no trono real (Momento/Imagens Getty)

Por que Lady Jane foi escolhida como rainha?

Eduardo VI assumiu o trono inglês com apenas 9 anos, diante de uma grande regência liderada por Edward Seymour, o duque de Somerset. Durante o reinado de Eduardo VI, uma série de reformas foram feitas na Inglaterra, inclusive na igreja, tornando-o o primeiro governante protestante inglês.

O líder inicial do regime, Seymour, foi logo substituído por John Dudley, que intensificou as tensões religiosas e começou a perseguir os católicos no país, muitas vezes jogando-os na fogueira. Com a saúde debilitada desde a infância, Eduardo VI contraiu uma forte gripe em 1553, aos 16 anos — acredita-se que a causa da morte tenha sido tuberculose — e começou a preparar sua própria sucessão.

Sem herdeiros, o nome natural para o trono seria irmã Maria, mas ela era extremamente católica e o governo queria manter o protestantismo no país. Além disso, tanto Maria quanto Isabel tiveram sua legitimidade questionada por serem frutos de casamentos anulados. Diante disso, acredita-se que John Dudley, então líder da regência, persuadiu o rei a declarar as irmãs ilegítimas e aclamar sua prima Lady Jane como sucessora — que, além de protestante, era, quem diria, casada com Lord Guildford Dudley, filho do regente John.

A ascensão de Maria I e a morte de Lady Jane

Quatro dias após a morte de Eduardo VI, em 10 de julho de 1553, Lady Jane foi proclamada rainha sem muita escolha ou conhecimento do destino que a coroa lhe legaria. A astúcia de Mary Tudor, porém, mudou a história: convencida de que seu irmão estava com um pé na cova, ela viajou pelo país reunindo apoiadores que, como ela, queriam restaurar o catolicismo na Inglaterra.

Em poucos dias, os aliados de Lady Jane abandonaram a rainha diante do apoio a Mary, deixando a jovem de 16 anos isolada no poder. Assim, Maria I subiu ao trono e aprisionou Lady Jane na Torre de Londres. Ela, que teve pouca ou nenhuma influência em sua ascensão, foi acusada de traição e de usurpadora. Meses depois, uma revolta protestante destinada a impedir o casamento de Mary Tudor com o então príncipe Felipe de Espanha, uma nação católica, selou o seu destino: Vista como uma ameaça por representar uma possível líder de futuras revoltas, Jane foi decapitada ao lado do marido, aos 17 anos, encerrando sua trágica passagem pela monarquia inglesa.

.
Maria I da Inglaterra em ilustração (A Galeria de Retratos, de ASSuvorina, 1885/Getty Images)

Acompanhe novidades e dicas culturais nos seguintes blogs:

Tela plana para TV e streaming de notícias
O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
In Cartaz traz dicas sobre filmes no cinema e streaming
Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial



xblue

consignado aposentados

simulador picpay

fácil consignado

consignado online

consignado rápido login

consignados online

creditas consignado inss

loja de empréstimo consignado

como fazer um empréstimo no picpay

empréstimo inss aposentado

As early as 1991, kl home care's parent company hl&c employment agency ltd. Vizioneaza bad boys : ride or die (2024) subtitrat in romana.