A HBO anunciou nesta sexta-feira, 28, que está produzindo uma minissérie ficcional sobre Ângela Dinizsocialite mineira assassinada pelo então namorado, Rua Doca, em 30 de dezembro de 1976. Nomeado em homenagem Praia dos Ossosa produção inspirada no podcast de mesmo nome “retratará a jornada de libertação de Ângela, uma mulher que durante a década de 70 ousou viver em seus próprios termos — desde o momento em que declarou que queria se separar do primeiro marido, até ser assassinada com quatro tiros pelo último companheiro, que , assim como o primeiro, não aceitou a sua decisão”, descreve o comunicado.
A série ainda não tem data de estreia, mas será dividida em seis episódios. O diretor de produção, Andrucha Waddinton disse que o projeto será uma série “sobre a vida de Ângela Diniz, uma mulher que, nos anos 70, no auge do machismo, ousou viver do seu jeito, completamente sem medo de preconceitos, julgamentos e opiniões”. ” . A produção — diferentemente do recém-lançado filme com a mesma temática, com Isis Valverde e Gabriel Braga Nunes — deve focar no circo machista que foi o julgamento de Doca. “Será um lembrete incisivo de que somente em 2023 o STF aboliu a infame tese da legítima defesa da honra, tantas vezes utilizada em favor de diversos crimes de feminicídio, como o que aconteceu com Ângela, por meio da oratória do advogado Evandro Lins e Silva na defesa da Rua Doca”, afirma o diretor.
Como foi o julgamento do assassinato de Angela Diniz?
Em 30 de dezembro de 1976 Ângela foi morta com quatro tiros por Doca Não demorou muito para ele confessar o crime – pois tudo apontava para ele. Na data de sua morte, Ângela estava com o assassino em sua casa na Praia dos Ossos, no Rio de Janeiro, e, após uma briga feia, tentou encerrar o relacionamento, permeado por ciúmes e agressividade. O então namorado não aceitou, sacou a arma e atirou no companheiro. O barulho dos tiros levou os funcionários da casa ao local, onde a encontraram sem vida, ao lado da arma abandonada pelo algoz, que fugiu para a casa dos pais.
Após se entregar, a defesa de Doca traçou uma estratégia cruel para libertá-lo da prisão: na Justiça, Ângela — a vítima — ela foi pintada pelos advogados como uma “mulher venenosa”, que seduziu o pobre homem e depois partiu seu coração, motivando-o a matá-la como forma de “legítima defesa da honra”. Há 40 anos, o argumento Aconteceu, e o assassino foi condenado a apenas dois anos de prisão, a cumprir em regime aberto. Foi preciso um grande movimento popular e uma ampla campanha do movimento feminista, sob o lema “quem ama não mata”, para ganhar um novo julgamento, que resultou na pena de quinze anos de prisão – apenas três cumpriram pena regime fechado.
Ângela Maria Fernandes Diniz foi assassinada na Rua Doca aos 32 anos, deixando três filhos —frutos do casamento com o engenheiro Milton Villas Boas. Já Rua Raul Fernando do Amaral, conhecida como Rua Doca, faleceu aos 86 anos, no dia 18 de dezembro de 2020, vítima de infarto.
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