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A Editorial Sul
| 28 de junho de 2024
Em 12 meses, o valor acumulado é de R$ 280,2 bilhões, diz o Banco Central.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Em 12 meses, o valor acumulado é de R$ 280,2 bilhões, diz o Banco Central. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
As contas públicas fecharam o mês de maio com déficit de R$ 63,9 bilhões. Em maio do ano passado, o resultado primário do setor público foi de R$ 50,2 bilhões. Segundo estatísticas fiscais divulgadas nesta sexta-feira (28) pelo Banco Central, os governos central e regional e as empresas estatais apresentaram déficits de R$ 60,8 bilhões, R$ 1,1 bilhão e R$ 2,0 bilhões, respectivamente.
O déficit primário representa o resultado das contas do setor público (despesas menos receitas), desconsiderando o pagamento de juros da dívida pública. O déficit acumulado do setor público entre janeiro e maio de 2024 atingiu um déficit de R$ 362,5 bilhões (7,83% do Produto Interno Bruto – PIB). No mesmo período de 2023, o resultado também foi deficitário, em R$ 268 bilhões (6,11% do PIB).
Segundo a autoridade monetária, o déficit acumulado do setor público consolidado em 12 meses é de R$ 280,2 bilhões, o que corresponde a 2,53% do PIB. Se comparado ao resultado acumulado dos 12 meses encerrados em abril, esse valor representa um aumento de 0,11 ponto percentual (pp) do PIB.
Juros nominais
Os gastos do setor público não financeiro com juros nominais em maio foram consolidados em R$ 74,4 bilhões em maio de 2024, ante os R$ 69,1 bilhões registrados em maio de 2023.
Em 12 meses, considerando o mês de maio, os juros nominais acumulados atingiram R$ 781,6 bilhões (7,04% do PIB). No mesmo período de 2023, esses valores foram de R$ 695,6 bilhões (6,64% do PIB).
O resultado nominal do setor público consolidado (resultado primário e juros nominais apropriados) foi negativo em R$ 138,3 bilhões em maio. Com isso, em 12 meses, o déficit nominal chega a R$ 1,062 trilhão (9,57% do PIB). Nos 12 meses encerrados em abril de 2024, o déficit nominal foi de R$ 1,04 trilhão (9,45% do PIB).
Dívida
Segundo o BC, a Dívida Líquida do Setor Público ((saldo entre o total de créditos e dívidas dos governos federal, estaduais e municipais) atingiu 62,2% do PIB (R$ 6,9 trilhões) em maio, o que corresponde a um aumento de 0,7 (ponto percentual) ) pp do PIB no mês.
“Esse resultado refletiu principalmente os impactos dos juros nominais adequados (aumento de 0,7 pp), do déficit primário (aumento de 0,6 pp), da desvalorização cambial de 1,3% no mês (redução de 0,2 pp), dos demais ajustes à dívida externa líquida (redução de 0,2 pp), e à variação do PIB nominal (redução de 0,3 pp)”, disse o BC.
No ano, a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) aumentou 1,2 pp do PIB, “devido principalmente aos impactos dos juros nominais (aumento de 3,2 pp), do reconhecimento da dívida (aumento de 0,2 pp), do efeito do crescimento nominal do PIB (redução de 1,3 pp) e o efeito da desvalorização cambial de 8,3% acumulada no ano (redução de 0,9 pp)”.
A Dívida Bruta do Governo Geral (governo federal, INSS e governos estaduais e municipais) registrada em maio atingiu 76,8% do PIB (R$ 8,5 trilhões). O resultado corresponde a um aumento de 0,5 p.p. no PIB em relação ao mês anterior.
“Esse aumento se deveu principalmente aos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 pp), às emissões líquidas (aumento de 0,1 pp), ao reconhecimento de dívidas (aumento de 0,1 pp) e à variação do PIB nominal (redução de 0,4 pp). No ano, o aumento de 2,4 pp no PIB deveu-se principalmente à incorporação de juros nominais (aumento de 3,2 pp), emissão líquida de dívida (aumento de 0,4 pp), desvalorização cambial (aumento de 0,3 pp) e PIB nominal crescimento (redução de 1,6 pp)”, informou o BC.
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Setor público brasileiro tem déficit de R$ 63 bilhões em maio
28/06/2024
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