Ignorado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao agradecer aos políticos presentes na cerimônia de anúncio de obras para Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e sem direito a palavra, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), disse não se importar com a situação, mas lamentou não ter tido oportunidade de falar.
Ele também cobrou do governo federal o início de obras com recursos federais no estado, anunciadas durante a primeira visita do presidente a Minas do ano, em fevereiro. “Estou à espera”, disse Simões, que convocou uma entrevista à imprensa no final da cerimónia.
“Se eu tivesse a oportunidade de falar, teria falado do palco sobre a importância de tentarmos trabalhar juntos, mesmo quando não temos alinhamento ideológico como temos. Por exemplo, (…) aqui em Contagem, temos mais de 300 milhões em obras realizadas em conjunto com ela (prefeita Marília Campos) para evitar as enchentes que acabam atingindo Contagem e também Belo Horizonte”, disse Simões.
Além desse investimento conjunto, o vice-governador disse estar feliz com o pedido da prefeita Marília Campos (PT) ao presidente para ampliar o metrô e criar uma rede de transporte de passageiros aproveitando a infraestrutura ferroviária existente na Região Metropolitana.
“Isso muda completamente a cara do corredor de acesso de Belo Horizonte pela Avenida Amazonas, por isso fico feliz em ter a oportunidade de conversar quando o presidente vier a Minas”, afirmou.
Simões também respondeu criticando a gestão de Fernando Pimentel (PT) à afirmação de Lula de que o governador Romeu Zema (Novo) teria assumido o estado em melhores condições que seu antecessor, mas afirmou que “isso é coisa do passado”.
“Estou mais preocupado em saber o que vamos receber, a partir de agora, em investimentos do governo federal. Aguardo, por exemplo, o início das obras do Rodoanel, que foram anunciadas e nós ainda não vimos o início dessas obras”, disse ele. .
Outras cobranças
Ele também exigiu a realização do leilão das obras de duplicação das BRs 381, 040 e 262, que, segundo Simões, está atrasado.
“Estou aguardando a obra da barragem no norte de Minas Gerais sair do papel”, acrescentou. Simões disse que isso não é uma exigência, “é uma vontade de trabalhar em conjunto com o Governo Federal para termos entregas para Minas Gerais”, afirmou.
Candidato natural à sucessão de Zema, o vice-governador também disse não se importar com os reiterados elogios feitos por Lula e seus ministros ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apontado como pré-candidato de Lula à presidência. governo de Minas, pois as eleições de 2026 ainda estão muito distantes.
“Acho que a esquerda precisa apresentar quem são os seus nomes. Talvez o nome do Pacheco seja o nome que o PT tem para lançar a sucessão em Minas Gerais. Estou mais preocupado em continuar contando com o presidente Rodrigo Pacheco para resolver os problemas de hoje “, afirmou.
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