Representantes de pessoas com deficiência querem solução definitiva para cancelamento de planos de saúde – Notícias

Representantes de pessoas com deficiência querem solução definitiva para cancelamento de planos de saúde – Notícias


25/06/2024 – 19:46

Renato Araújo/Câmara dos Deputados

Duas comissões da Câmara debateram o assunto nesta terça-feira

Representantes das pessoas com deficiência pediram solução definitiva para os cancelamentos unilaterais, pelas operadoras, de planos de saúde para pessoas com deficiência e doenças graves. O assunto foi debatido nesta terça-feira (25) pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; e Saúde da Câmara dos Deputados.

O debate atende ao pedido da deputada Maria Rosas (Republicanos-SP). Ela lembra que o Procon de São Paulo constatou entre abril e maio deste ano um aumento de 85% nas reclamações de consumidores em relação a cancelamentos de contratos de planos de saúde pelas empresas. “Precisamos de proteção dos direitos do consumidor, transparência, comunicação”, disse ela.

Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), Andréa Werner defende uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar atuação de planos de saúde e a aprovação de uma nova lei para regulamentar a matéria que de fato proteja os usuários.

Relatórios
“Só no meu consultório foram mais de mil denúncias de violações de direitos de pessoas com deficiência, pessoas com câncer, doenças crônicas graves, cometidas por planos de saúde. E é tão material que o Ministério Público de São Paulo já abriu seis investigações”, informou Andréa Werner.

Segundo o deputado estadual, não é aceitável a narrativa das operadoras “quebradas” como justificativa para o cancelamento dos contratos. Ela lembra que, de janeiro a março deste ano, o lucro líquido das operadoras de planos de saúde ficou acima de R$ 3 bilhões. Ela também critica a preocupação manifestada pelos planos de saúde com o impacto do aumento da procura por tratamentos para pacientes com autismo.

Renato Araújo/Câmara dos Deputados

Andréa Werner defende uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar atuação de planos de saúde

Entendimento do STJ
Na avaliação de Andréa Werner, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável pela fiscalização do setor, fracassou. Segundo ela, muitas pessoas procuraram a ANS ao receber a informação do cancelamento, e a agência respondeu que o cancelamento era legal. Mas, para o deputado, as operadoras e a ANS estão desobedecendo ao entendimento do Superior Tribunal de Justiça.

Em acórdão recente, o STJ entendeu que a operadora de plano de saúde não pode cancelar unilateralmente o plano coletivo de usuários internados ou em tratamento de doença grave. Segundo o deputado, pacientes autistas, por exemplo, estão em tratamento, mas isso não é levado em consideração nem pelas operadoras nem pela ANS.

A defensora pública da União, Raquel Brodsky, disse que a ANS entende que apenas as pessoas hospitalizadas teriam garantida a continuidade do tratamento, mas que isso não condiz com o entendimento do STJ.

Nota da ANS sobre cancelamento de planos coletivos informa que a rescisão contratual pode acontecer, mas exige notificação e cumprimento da antecedência prevista no contrato.

Segundo o defensor, é preciso avaliar se o usuário teve acesso ao contrato e como foi feita a notificação, por exemplo, e o defensor fez uma recomendação à ANS destacando esses pontos, entre outros.

Acordo com Lira
O defensor público elogiou a iniciativa do Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para fechar acordo com operadoras de planos de saúde para suspender cancelamentos. Mas sublinhou que “nada estava formalmente previsto” e que “as pessoas continuam tendo planos cancelados ou contratando planos extremamente precários.”

“O acordo garantiu que parte dos planos não seria cancelada, mas não temos garantia de que no aniversário do plano não haverá um reajuste que torne insustentável a continuidade do contrato”, acrescentou. Para Raquel Brodski esse cenário mostra que é necessária uma nova regulamentação, garantindo o acesso dos consumidores aos contratos e as justificativas das operadoras para os reajustes.

Carla Bertin, representante da rede Autismo Legal, avalia também que o acordo entre Lira e as operadoras não foi resolvido. “Falou-se que os cancelamentos seriam suspensos, mas não foram, continuou tudo igual”, disse. Ela conta que o plano de saúde do filho, que tem autismo, foi cancelado e ela só conseguiu mantê-lo por meio de liminar.

Mas, na visão de Carla Bertim, as pessoas não podem depender de decisões judiciais para ter garantida a continuidade do seu plano de saúde, lembrando que a maioria da população não tem dinheiro para contratar advogados, e a Defensoria Pública tem dificuldade de atender a todos.

Renato Araújo/Câmara dos Deputados

Vitor Hugo: governo notificou 20 profissionais de saúde sobre os cancelamentos

Judicialização
Coordenador executivo da Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde, Renê Patriota, por sua vez, destacou que o Judiciário vem mantendo os contratos individuais de pessoas que tiveram o contrato coletivo cancelado, mesmo que não estejam em tratamento .

Ela recomendou que os usuários recorressem à Justiça. “Você não precisa estar hospitalizado ou doente para manter o contrato em vigor. Qualquer consumidor que quiser pode ir à Justiça e vai ganhar”, afirmou.

Posição da ANS
A representante da ANS, Fabricia Goltava Vasconcellos, rejeitou as acusações de negligência do órgão e pede que os consumidores só tomem medidas judiciais em último caso. “Isso vai para a conta do consumidor. A operadora não sofre essa perda”, observou.

Segundo o representante da ANS, o As taxas de cancelamento informadas pelas operadoras em fevereiro e março, por exemplo, são as mesmas do ano passado. Ela disse que a ANS está preparando pedidos de informações para todas as operadoras que encerraram nos últimos meses, inclusive identificando os transtornos dos usuários que tiveram seus contratos cancelados. Com base nessas informações, o órgão poderá aplicar multa diária aos planos.

Posição dos operadores
Superintendente de Avaliação de Tecnologias em Saúde e Cobertura Assistencial da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Hellen Harumi Miyamoto reiterou que no encontro com Lira, os associados da FenaSaúde se comprometeram a manter todos os contratos coletivos de adesão vigentes.

“Ficou acordado também que os associados da FenaSaúde reverterão esses contratos para pessoas vulneráveis, pessoas com doenças raras e crianças autistas”, acrescentou.

Legislação em vigor
Diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Secretaria Nacional do Consumidor, Vitor Hugo do Amaral afirmou que a legislação atual já garante aos consumidores a proteção à vida, à saúde e à segurança e protege os usuários de planos coletivos. A Senacom notificou 20 prestadores de cuidados de saúde sobre os cancelamentos e está a preparar um estudo com todas as respostas dadas.

Mais do que 270 notas (PL 7419/06 e anexo) que sugerem mudanças no Lei dos Planos de Saúde. O deputado Duarte Jr. (PSB-MA), relator no Plenário da proposta, pretende proibir as operadoras de planos privados de saúde de rescindir unilateralmente os contratos firmados com os beneficiários, salvo se o atraso nos pagamentos mensais ultrapassar 60 dias consecutivos.

Relatório – Lara Haje
Edição – Georgia Moraes



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