25/06/2024 – 20:39
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Túlio Gadelha, autor do projeto
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (25) projeto de lei que cria o Selo Engenharia ou Arquitetura Solidária, a ser concedido a empresas ou profissionais do setor de engenharia, arquitetura ou construção civil para empreendimentos que atendam comunidades carentes, originárias ou tradicionais.
De autoria do deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE), o Projeto de Lei 1553/23 será enviado ao Senado na forma de substituto da relatora, deputada Erika Kokay (PT-DF).
Túlio Gadêlha disse que o projeto busca incentivar o voluntariado e a solidariedade, além de compartilhar conhecimento. “O selo faz o governo olhar de forma diferente para determinado segmento e mostra que está disposto a cuidar de quem mais precisa”, declarou.
Erika Kokay afirmou que a proposta garante o direito à cidade de forma generalizada. “Garantir o reconhecimento da sociedade aos profissionais de engenharia e arquitetura que se dedicam a utilizar seus conhecimentos acadêmicos a serviço do bem viver, do bem viver, da cidadania e da justiça”.
O selo também poderá ser concedido caso o projeto beneficie mutuários e proprietários de imóveis, preferencialmente nas faixas de renda previstas no Programa Minha Casa, Minha Vida.
A concessão do selo dependerá de regulamentação do Poder Executivo, que definirá procedimentos, incluindo revisão e renovação. Além de outros previstos em regulamentação, serão incluídas estruturas estruturais, reformas, ampliações, melhorias, adequações de acessibilidade e instalações temporárias.
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Erika Kokay, relatora da proposta
O texto prevê que outros governos de todas as esferas poderão incentivar a execução de projetos elegíveis por meio de isenção de taxas e encargos, doação de terras públicas, disponibilização de espaços públicos de apoio ou outras iniciativas através de legislação própria.
Categorias e requisitos
O Selo Engenharia ou Arquitetura Solidária será concedido nas categorias iniciante, intermediário e avançado, dependendo do porte dos projetos e do número de beneficiários, seguindo as regras do regulamento.
Para poder concorrer, as empresas ou profissionais interessados deverão atender aos seguintes requisitos, além de outros previstos em regulamento:
- ter concluído, no período avaliado, projeto habitacional ou de saneamento que beneficie principalmente famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);
- incentivar a adoção de técnicas de construção sustentável nos projetos submetidos para avaliação; Isso é
- incentivar a adoção de política de equidade na contratação e gestão de pessoas nas obras submetidas à avaliação.
Todos os projetos submetidos para avaliação deverão ser acompanhados de uma nota de responsabilidade técnica.
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Relatório – Eduardo Piovesan
Montagem – Pierre Triboli
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